Perto de alcançar 50 mil sócios, o Cruzeiro viu seu programa ser reerguido pelo torcedor desde a chegada de Ronaldo, que comprou 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O cenário atual é bem diferente se comparado ao ano passado. 

Em 2021, conforme apontam os resultados financeiros divulgados pelo clube na última semana, o sócio-torcedor rendeu apenas R$7,29 milhões aos cofres do clube. Esse é o menor montante dos últimos dez anos - inclusive se comparado com 2020, no auge da pandemia de coronavírus. Em 2015 e 2016, os números não foram divulgados. 

Nos últimos dez anos, o pior número divulgado até aqui era de 2012, ano em que o Mineirão estava fechado para reformas da Copa do Mundo de 2014. Naquela oportunidade, o Cruzeiro embolsou R$8,4 milhões com o programa, que tinha 7 mil sócios ativos.Veja detalhes no gráfico abaixo.

O valor  de 2021 nem sequer se aproxima daquele que o Cruzeiro tinha como expectativa de receita. Ao podcast Superesportes Entrevista, em março do ano passado, o então diretor comercial e de inteligência do clube, Matheus Gonzaga, afirmou que a projeção era de faturar R$ 16 milhões.  

"A estimativa de receitas de sócio-torcedor para este ano (2021) é de R$16 milhões. Então deve crescer. Nossa expectativa é de que ele cresça de 25 a 30% em receitas - não necessariamente em número de sócios", disse Gonzaga naquela oportunidade.

Vale destacar que o balanço do Cruzeiro divide as receitas angariadas com bilheteria dos jogos e com o programa de sócio-torcedor. No ano passado, por exemplo, a bilheteria registrou números melhores do que em 2020 (R$2,38 milhões versus R$1 milhão).