Paulo Pezzolano já comandou o Cruzeiro em 22 oportunidades em 2022 (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
Pezzolano chegou a 22 partidas no comando do Cruzeiro na vitória por 2 a 0 sobre a Chapecoense, na Arena Condá, em Chapecó, no último sábado, pela 5ª rodada. Com esse número, ele superou Luiz Felipe Scolari (21) e se tornou o segundo com mais partidas. Agora, o gringo está a um jogo de se igualar a Luxemburgo, que tem 23.
(Veja o ranking completo dos treinadores no fim da matéria).
Ranking dos técnicos mais longevos após a 'Era Mano Menezes'
10º Ney Franco - 7 jogos (2 vitórias, 1 empate e 4 derrotas)
Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
9º Rogério Ceni - 8 jogos (2 vitórias, 2 empates e 4 derrotas)
Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
8º Enderson Moreira - 12 jogos (6 vitórias, 3 empates e 3 derrotas)
Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
7º - Mozart Santos - 13 jogos (2 vitórias, 7 empates e 4 derrotas
Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
6º Abel Braga - 14 jogos (3 vitórias, 8 empates e 3 derrotas)
Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
5º Adilson Batista - 15 jogos (4 vitórias, 4 vitórias e 7 derrotas)
Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
4º Felipe Conceição - 19 jogos (8 vitórias, 3 empates e 8 derrotas)
Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
3º Felipão - 21 jogos (9 vitórias, 8 empates e 4 derrotas)
Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
2º Paulo Pezzolano - 22 jogos (14 vitórias, 2 empates e 6 derrotas)
Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
1º Vanderlei Luxemburgo - 23 jogos (8 vitórias, 11 empates e 4 derrotas)
Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
'Era Mano'
Mano Menezes conseguiu o que Pezzolano busca no Cruzeiro: um trabalho longevo. Ele foi contratado em 26 de julho de 2016, com a missão de salvar o clube do rebaixamento no Brasileiro após a saída do português Paulo Bento. Deu certo. O time saltou da 19ª colocação, na 16º rodada (15 pontos), para a 12ª, ao término da competição (51 pontos).
Mano Menezes comandou o Cruzeiro 219 vezes de 2016 a 2019 (Foto: Divulgação/Cruzeiro)
Nos anos seguintes, o comandante brasileiro colheu os frutos do bom trabalho e se tornou especialista em torneios de mata-mata. Foram duas conquistas da Copa do Brasil, em 2017 e 2018, além de dois títulos estaduais, em 2018 e 2019.
Graças aos três anos consecutivos de trabalho, Mano Menezes alcançou a quarta posição entre os técnicos que mais dirigiram o Cruzeiro, com 235 partidas, sendo 219 de 2016 a 2019.
Contando os números da primeira passagem, no segundo semestre de 2015, foram 112 vitórias, 69 empates e 54 derrotas. A Raposa marcou 333 gols e sofreu 205.
No entanto, o bom desempenho deu lugar ao início da derrocada celeste na Série A antes do rebaixamento à Segunda Divisão. Mano deixou o comando da Raposa em agosto de 2019, após a derrota por 1 a 0 para o Internacional, no Mineirão, pelo jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil.
A sequência de oito jogos sem vitória e gols foi determinante para a interrupção do trabalho de quase quatro anos do treinador. Foram 219 partidas.
Troca de técnicos
Depois da saída de Mano Menezes, em agosto de 2019, o Cruzeiro não colheu bons resultados com os novos comandantes. A diretoria celeste contratou nove treinadores, mas nenhum conseguiu ter uma sequência maior que 23 jogos.
Rogério Ceni foi o escolhido para ser o substituto de Mano no Cruzeiro. Porém, o treinador não resistiu à pressão e foi demitido com apenas oito jogos. Para dar continuidade à disputa da Série A daquele ano, Abel Braga foi anunciado, mas o mesmo aconteceu. O 'medalhão' fez 14 partidas antes de deixar o clube.
Como última aposta para evitar o rebaixamento à Série B, a Raposa investiu em um velho conhecido da torcida: Adilson Batista. No entanto, o treinador não conseguiu evitar o pior. O profissional ainda permaneceu no cargo até o início oscilante no Mineiro de 2020, mas terminou a passagem com 15 partidas.
Ainda naquele ano, mais três nomes foram anunciados. Enderson Moreira foi o primeiro. Ele comandou o time celeste em 12 jogos e não teve o sucesso esperado pela direção. Sendo assim, Ney Franco foi anunciado, mas não ficou muito tempo empregado (7 partidas).
Correndo grande risco de ser rebaixado à Série C do Brasileirão, o Cruzeiro recorreu à ajuda de Luiz Felipe Scolari. Com resultados rápidos nas primeiras oportunidades, o experiente treinador gaúcho tirou o Cruzeiro da zona de perigo e passou a sonhar com o acesso à Primeira Divisão, o que não ocorreu ao fim do torneio.
A falta de resultados na reta final da competição nacional acarretou na demissão de Felipão, que deixou o clube mineiro com 21 jogos em sua segunda passagem.
Em 2021, a Raposa fez novas apostas. Felipe Conceição e Mozart Santos foram anunciados, mas não tiveram sucesso. Saíram com 19 e 13 jogos, respectivamente.
Depois de Mano Menezes, o treinador que mais tempo ficou no cargo foi Vanderlei Luxemburgo. Contratado em agosto de 2021, Luxa teve oito vitórias, 11 empates e quatro derrotas em 23 jogos na Série B. Ele tirou a Raposa da zona de rebaixamento e encerrou em 14º lugar, com 48 pontos.
Mesmo sem conseguir o acesso, Luxa tinha planos de continuar no Cruzeiro em 2022. Em 26 de novembro, o treinador renovou com o clube por mais um ano, com prorrogação automática para 2023 em caso de retorno à Série A. Porém, o acordo foi desfeito após a compra da SAF por Ronaldo Fenômeno em janeiro.
Números de Pezzolano
Com Luxa fora dos planos de Ronaldo, Paulo Pezzolano foi contratado para o 'novo Cruzeiro'. O treinador teve um início promissor ao conseguir levar a Raposa à final do Campeonato Mineiro após quase três anos.
Na Série B, outro feito importante. Levou o Cruzeiro à terceira colocação na classificação. Essa é a primeira vez que o clube celeste termina uma rodada dentro do G4 desde a queda em 2019.
Contra a Chape, Pezzolano chegou ao seu 22º jogo no comando da Raposa. São 14 vitórias, dois empates e seis derrotas. Com o treinador, a equipe celeste marcou 40 gols e sofreu 20.
Ranking dos técnicos mais longevos após a 'Era Mano':
- Mano Menezes - 219 jogos (2016 a 2019)
- Vanderlei Luxemburgo - 23 jogos (2021)
- Paulo Pezzolano - 22 jogos (2022)
- Felipão - 21 jogos (2020)
- Felipe Conceição - 19 jogos (2021)
- Adilson Batista - 15 jogos (2019 a 2020)
- Abel Braga - 14 jogos (2019)
- Mozart Santos - 13 jogos (2021)
- Enderson Moreira - 12 jogos (2020)
- Rogério Ceni - 8 jogos (2019)
- Ney Franco - 7 jogos (2020)