Mineirão tem custos mais elevados, alega o Cruzeiro (Foto: Agência i7/Mineirão)



O diretor de futebol do Cruzeiro, Pedro Martins, disse que há diferença considerável financeira entre jogar no Mineirão e no Independência. Ele não apresentou os números entre os dois estádios, mas disse que é mais econômico para a Raposa mandar os jogos no estádio do Horto.




"Existe uma diferença considerável entre os dois (Mineirão e Independência), e a decisão foi meramente financeira. O clube tomou essa decisão pensando em pagar contas e ter o mínimo de conforto para cumprir seus compromissos, levando em consideração o que foi assumido de responsabilidade desde o dia um da gestão do Ronaldo, que é tomar decisão com base na racionalidade, que o clube não pode abrir mão dela. A gente acredita que clube grande é o clube que paga salário em dia e que consegue arcar com suas responsabilidades. O clube não tomará nenhuma decisão que foge dessa premissa", disse em entrevista à Rádio 98FM.

"O Cruzeiro vive um momento financeiro extremamente delicado. O clube precisa tomar as decisões de maneira racional e levando em consideração o médio e longo prazo, porque o clube não consegue assumir compromissos que ele não pode pagar. A decisão de jogar no Independência foi em função das dificuldades financeiras. O Cruzeiro não vai assumir compromissos que ele não possa cumprir. É óbvio que a gente gostaria de tomar a decisão que deixa o torcedor mais confortável, que também faça que exista a possibilidade que tenhamos cada vez mais público, mas todos os cálculos e contas essa não é a realidade", completou.

Martins ainda destacou que se houver crescimento no número de sócios a decisão de jogar no Independência poderá ser repensada. Hoje, a Raposa tem 34 mil sócios-torcedores.




"Até para conseguir montar uma equipe competitiva pagar os atletas e os colaboradores em dia, o clube vai tomar decisões com base nas finança. E a gente acredita muito no potencial que a torcida do Cruzeiro tem, em especial no programa de sócio-torcedor para que essa situação seja modificada. A gente sabe que com uma quantidade maior de sócios e com uma estrutura de receita que deixa o clube cada vez mais confortável, você também consegue assumir mais riscos, tomar decisões de investimentos, coisas que hoje não é mais possível. A gente pede a compreensão de todos e entende que o momento do clube é de cortar na carne", afirmou.


Mineirão


Em nota divulgada no dia 15, a Minas Arena alega que "a experiência adquirida em quase dez anos de operação dá ao Mineirão a capacidade de ajustar sua operação de acordo com a necessidade dos clubes. O Mineirão reitera seu compromisso com o futebol mineiro e está sempre aberto ao diálogo a fim de propiciar o melhor resultado para os clubes e a melhor experiência para os torcedores".

A Minas Arena citou que o custo por torcedor que o Cruzeiro teve no jogo contra o Democrata-GV, no dia 9, foi de pouco mais de R$ 13.

"Especificamente sobre o jogo Cruzeiro x Democrata-GV, o custo operacional total da concessionária, calculado para o público solicitado de 15 mil torcedores, foi de R$ 197 mil, o que inclui toda a equipe de trabalho (seguranças, equipes de limpeza, brigadistas, orientadores,  hospitalidade, coleta e transporte de resíduos, entre outros), gradeamento, insumos (energia elétrica,  e água), etc, ou seja, um custo por torcedor de R$ 13,19".