Diretor técnico do Cruzeiro entre agosto e dezembro de 2021, Ricardo Rocha disparou contra a Sociedade Anônima do Futebol, que terá Ronaldo como acionista majoritário. Sem citar nomes, o ex-dirigente disse que "as pessoas" da equipe do Fenômeno não tiveram consideração por ele.

"O torcedor às vezes fica revoltado, 'confiamos em você, mas colocou o Cruzeiro na Justiça'. Eu digo para esse torcedor, liguei várias vezes, ninguém me atendeu. A pessoa da SAF do Ronaldo iria ligar para mim e para as pessoas, não ligaram, não tiveram consideração nenhuma", disse Rocha em entrevista à TV Gazeta.

"O Ronaldo é o dono da empresa que comprou o Cruzeiro e faz o que quer, ele é o dono. (...) Coloquei na Justiça (o clube), eu fui o último, não queria colocar. (...) Não tem mágoa nenhuma, ele é o dono e faz o que quer. Mas acho que faltou um pouco de respeito, não do Ronaldo, mas das pessoas", complementou.

O processo de Ricardo Rocha corre em segredo de Justiça. Por esse motivo, não é possível conhecer detalhes do processo. Há uma audiência marcada para 4 de março. Outros auxiliares de Luxemburgo, que também processam o Cruzeiro, tinham salários na casa dos R$ 70 mil. 

Na mesma entrevista, Rocha ainda citou uma mágoa com o presidente Sérgio Santos Rodrigues, responsável por sua contratação e de Luxemburgo em 2021. 

"Vanderlei foi espetacular, fez um belo trabalho, e na hora de cobrar, não deu um mês que faltava, fomos cobrar. Ninguém atendeu a gente, e isso é uma mágoa que tenho do presidente Sérgio, mas muito porque liguei para ele, e ele falou que uma pessoa iria me ligar, ninguém ligou para a gente", lamentou.

"Pegamos o Cruzeiro na 19ª colocação (da Série B), praticamente na Terceira Divisão, com quatro meses de salários atrasados (dos jogadores), com cinco meses de salários atrasados dos funcionários e saímos de lá com a casa em ordem. Tudo pago, até coisas de 2020", disse.