Edu marcou 38 gols em 62 jogos pelo Brusque (Foto: Divulgação/Brusque)


O Cruzeiro cumpriu o acordo com o Brusque e pagou nesta quarta-feira os R$ 600 mil pela compra dos direitos econômicos do atacante Edu. André Rezini, diretor executivo do clube catarinense, confirmou a conclusão da negociação em contato com o Superesportes.




Edu, de 28 anos, foi o artilheiro da Série B de 2021, com 17 gols em 33 jogos. Graças à participação do centroavante, o Brusque evitou o rebaixamento à Terceira Divisão ao terminar em 13º lugar, com 48 pontos.

A contratação de Edu pelo Cruzeiro foi acertada em 9 de dezembro por intermédio de Alexandre Mattos. Três semanas depois, o diretor foi informado de que não seria executivo de futebol do clube em 2022. Ainda assim, ele garantiu a chegada de todos os atletas.

“Cem por cento dos jogadores contratados neste mês, já anunciados pelo Cruzeiro, vieram na confiança comigo. Mas todos já têm contrato assinado. E sobre o que estava em andamento, tinha ainda uma ou duas situações”, disse Mattos à reportagem.





Além de Edu, Alexandre fechou com o goleiro Jaílson (ex-Palmeiras); o lateral-direito Pará (ex-Santos); os zagueiros Sidnei (ex-Betis, da Espanha) e Maicon (ex-Al-Nassr, da Arábia Saudita); e os meio-campistas Filipe Machado (ex-Grêmio), Fernando Neto (ex-Vitória), Pedro Castro (ex-Botafogo) e João Paulo (ex-Atlético-GO).

O Cruzeiro só poderá registrar os reforços no Boletim Informativo Diário da CBF a partir do momento em que pagar mais de R$ 20 milhões de dívidas que ocasionaram o transfer ban na Fifa. O clube deve o Defensor, do Uruguai, e o Mazatlán, do México (antigo Monarcas Morelia), pelas compras de Arrascaeta e Riascos, em 2015.

A expectativa é que esse problema seja solucionado pelo ex-jogador Ronaldo, que aportará R$ 400 milhões no futebol da Raposa por meio de sua empresa, a Tara Sports, nos próximos anos. É provável que o ex-camisa 9 conte com a participação de investidores ocultos no processo.




Ao adquirir 90% das ações do Cruzeiro, Ronaldo decidirá o destino das receitas do futebol: televisão, premiação, patrocínio, publicidade/marketing, produtos licenciados, vendas de direitos econômicos de jogadores, etc.

Já a associação civil, dona de 10% da SAF, continuará com 100% dos patrimônios, como as Tocas da Raposa I e II, o prédio onde funcionava a sede administrativa na Rua dos Timbiras, em Belo Horizonte, e os clubes de lazer do Barro Preto e da Pampulha.

O Cruzeiro SAF repassará 20% de suas receitas mensais e 50% do lucro para quitar dívidas do CNPJ antigo. Ou seja, caso a empresa receba R$ 25 milhões por mês – R$ 300 milhões ao ano – R$ 5 milhões irão para o Regime Centralizado de Execuções (totalizando R$ 60 milhões).

Assim, o desafio do clube-empresa será sempre manter uma despesa que corresponda a no máximo 80% do faturamento, de modo que o passivo da associação civil - hoje na ordem de R$ 1 bilhão - seja quitado em dez anos.