Expectativa do Cruzeiro é encerrar ações de Defensor-URU e Mazatlán-MEX na Fifa ainda em dezembro (Foto: AFP PHOTO)


O Cruzeiro utilizará parte das receitas de patrocínio para abater as dívidas na Fifa e encerrar o transfer ban que impede o registro de reforços na CBF. O clube precisa arcar com mais de R$15 milhões referentes às aquisições dos direitos econômicos de Arrascaeta e Riascos, em 2015, junto a Defensor, do Uruguai, e Mazatlán, do México (antigo Monarcas Morelia).



Um dos apoiadores do Cruzeiro na operação será o Magnum Group, que atua no setor relojoeiro e de joias e é o principal investidor do Guarani de Campinas, além de ser dono do São Bernardo Futebol Clube e parceiro do Vila Nova de Goiás. O acordo com duração de três ou quatro anos deve render cerca de R$15 milhões à Raposa.


Uma das operações mais comentadas no mundo da bola envolvendo o Magnum foi a compra do estádio Brinco de Ouro, em Campinas, por uma quantia inicial de R$44,4 milhões, em novembro de 2014. Desde julho de 2015, a empresa de Roberto Graziano faz aportes mensais de R$350 mil ao Bugre. O prazo é de 130 meses.

Os R$44,4 milhões correspondem a uma fatia do pagamento do Magnum. A empresa terá de construir uma arena com 20 mil lugares e um centro de treinamento, bem como conceder ao Guarani 14% do valor geral de vendas do empreendimento - seis torres residenciais, um hotel e um shopping.



Ao todo, o Guarani receberá R$320 milhões pelo Brinco de Ouro e continuará jogando no estádio até que as obras da nova arena sejam concluídas. Em abril de 2019, o Magnum registrou o projeto urbanístico do complexo imobiliário na Prefeitura de Campinas.

Quanto ao Cruzeiro, o contrato de patrocínio ainda não foi oficializado, embora exista um acordo adiantado. O Magnum deve exibir no uniforme celeste a marca do relógio Champion.

Outra parceria é com o site de apostas PixBet, que exibe a marca nas camisas de Goiás, América, Ponte Preta, Vasco e Avaí. O contrato renderá R$5 milhões aos cofres celestes, com possibilidade de variação de 60%, alcançando R$8 milhões.



Vale lembrar que o Cruzeiro tenta parcelar o débito na Fifa a exemplo do acerto com o Independiente del Valle pela compra do zagueiro Caicedo. Em agosto de 2020, ficou definido que a Raposa repassaria ao clube equatoriano 18 parcelas de US$132 mil (mais de R$702 mil na cotação da época). Os valores somados equivalem a US$2,376 milhões (R$13,4 milhões). 

Os sete contratados que dependem do fim do transfer ban para serem regularizados são o lateral-direito Pará (ex-Santos), o zagueiro Maicon (ex-Al-Nassr, da Arábia Saudita), os meio-campistas Filipe Machado (ex-Grêmio), Pedro Castro (ex-Botafogo), Fernando Neto (ex-Vitória) e João Paulo (ex-Atlético-GO); e o atacante Edu (ex-Brusque).

Depois de um 2021 frustrante, em que terminou a Série B em 14º, com 48 pontos, o Cruzeiro espera subir à Série A em 2022, além de fazer boas campanhas no Mineiro e na Copa do Brasil. O retorno aos gramados será em 26 de janeiro, contra a URT, em Belo Horizonte, pela primeira rodada do estadual.