Um centenário para enaltecer o passado e lamentar o presente. Esta tem sido a realidade do torcedor celeste em 2021. No ano em que completou 100 anos, o  Cruzeiro  perdeu tudo o que disputou e ficou longe de montar um time competitivo para subir à elite do futebol brasileiro.

Nesta Série B, o Cruzeiro nunca esteve perto da parte de cima da tabela. O filme pareceu o mesmo do ano passado, com briga até o fim contra o rebaixamento para a Terceira Divisão. Ainda restam duas rodadas para o término da competição, e o time celeste precisa de mais três pontos para pelo menos alcançar a pontuação de 2020: 49 pontos.

Na Copa do Brasil, competição na qual o Cruzeiro é o recordista de títulos, com seis canecos, a queda ocorreu na terceira fase. O modesto Juazeirense, da Bahia, perdeu o primeiro jogo no Mineirão, por 1 a 0, e conseguiu vitória pelo mesmo placar em casa. Nos pênaltis, o time baiano venceu por 3 a 2. A eliminação motivou a demissão do técnico Felipe Conceição. O Cruzeiro ainda contratou Mozart e, depois, Luxemburgo para comandar o time até o fim do ano.

No Campeonato Mineiro, o Cruzeiro esteve longe de mostrar que poderia bater de frente com os clubes da Série A. Contra o América, a Raposa perdeu os três jogos: 1 a 0 na fase de grupos; 2 a 1 e 3 a 1 nos dois jogos da semifinal. A exceção foi o duelo contra o Atlético, que ainda estava longe de atingir seu ápice na temporada: o time celeste venceu por 1 a 0.

Sem dinheiro e em crise financeira, legado da administração de  Wagner Pires de Sá, Itair Machado e Sérgio Nonato, que são réus na Justiça , o Cruzeiro precisa planejar um 2022 diferente em relação ao que foram os últimos anos. O clube ainda não conseguiu dinheiro para pagar as dívidas na Fifa, que somam R$ 13 milhões. Só quitando os débitos, o time poderá voltar a contratar.  

O Cruzeiro quer manter o técnico Vanderlei Luxemburgo, mas as conversas ainda não se transformaram em assinatura de contrato. O treinador disse que se vê mais perto da renovação do que da saída em 2022.