Cruzeiro se livrou de pagamento de mais de R$4 milhões (Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)


O Cruzeiro obteve vitória na Justiça do Trabalho em processo movido pelo ex-conselheiro Alexandre Francisco Lemos, que pleiteava reconhecimento de vínculo empregatício com o clube de 1º de julho de 2000 a 27 de março de 2021. Segundo o comunicado, os pedidos do reclamante consistiam em verbas salariais e horas extras, totalizando cerca de R$4 milhões.




No julgamento realizado na 14ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, em 8 de junho, Alexandre perdeu a ação e foi condenado a pagar 196.211,93 em honorários advocatícios e R$23.357,80 em custas processuais. O ex-conselheiro recorreu da decisão no TRT/MG, que negou provimento ao apelo e manteve a sentença proferida em primeira instância. As partes foram notificadas nesta quinta-feira (11/11).

Curiosamente, o Cruzeiro utilizou em sua defesa uma declaração de Alexandre Lemos em ação na 29ª Vara Cível de Belo Horizonte que contestava a exclusão do Conselho Deliberativo do clube. Conforme a petição, ele ressaltou que jamais havia sido empregado da instituição. Posteriormente, Lemos pediu para ser retirado do processo em razão do imbróglio trabalhista.

“O réu juntou aos autos a petição inicial do processo em trâmite perante a 29ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, na qual o demandante - que naquela ação figurava como um dos autores - asseverou, de forma destacada e veemente, que jamais havia sido empregado do Cruzeiro, pois, em sua relação com o clube não haveria subordinação, diante do fato de que era conselheiro da entidade”.




Alexandre é filho de José Francisco Lemos, presidente do Cruzeiro em 1954 e vice na gestão de Gilvan de Pinho Tavares de 2015 a 2017. “Doutor Lemos”, como era conhecido o dirigente, faleceu em dezembro de 2020, aos 91 anos. A família ainda conta com Hermínio Lemos, integrante da gestão de Wagner Pires de Sá, em 2018 e 2019, também como vice-presidente.