Um dos líderes do elenco, Rômulo se manifestou sobre greve no Cruzeiro (Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)

Após retornarem aos treinamentos na Toca da Raposa II, os jogadores do Cruzeiro esperam, para breve, uma solução definitiva da diretoria sobre os frequentes atrasos salariais. Em entrevista coletiva, Rômulo foi questionado sobre a possibilidade de uma nova greve caso uma resposta não seja dada. 




"Essa é uma pergunta muito delicada, porque não cabe a um, dois, três, quatro, cinco jogadores. É sempre uma decisão de todo o grupo. Mas temos fé e esperança que uma solução será encontrada para que todos fiquem contentes", disse o meio-campista.

"Isso não é uma decisão: vamos fazer isso ou aquilo. É decorrente do que vai acontecendo. Mas esperamos todos, para o bem do Cruzeiro, que as coisas melhorem, que as soluções sejam encontradas e que todos possam ficar felizes", complementou o experiente jogador de 34 anos.

Rômulo admitiu, em outro momento da entrevista, que a greve promovida por todo o elenco foi uma medida "agressiva". Por outro lado, o meia reforçou a necessidade do ato para tentar ajudar os profissionais do clube que necessitam do pagamento em dia dos salários.  

"É uma situação que incomoda a todos. Para mim, é uma situação nova. Estive sempre fora, isso nunca aconteceu lá fora. Foi uma situação atípica, mas que contou com mobilização de todos em prol daqueles que estão sendo um pouco mais penalizados neste momento pela situação delicada que o clube vive financeiramente", disse.




"Mas o desejo de todos é que seja solucionado e que, todos juntos, todos que fazem parte do clube, que todos possam ficar satisfeitos. Embora seja uma manifestação um pouco agressiva, mas o intuito de todos é que o Cruzeiro possa viver dias melhores e que a solução seja dada", pediu Rômulo.

Entenda a greve

Em 13 de outubro, um dia após empatar com o Botafogo por 0 a 0 pela Série B, jogadores do Cruzeiro anunciaram a paralisação dos treinamentos na Toca da Raposa II. Por meio de carta, divulgada nas redes sociais, eles disseram que ficou "intolerável e injustificável a forma como atletas e funcionários estão sendo geridos".

Três dias depois, o presidente Sérgio Rodrigues, que estava em Portugal no momento da greve, se reuniu com o grupo para apresentar números, mas sem mostrar soluções para realização dos pagamentos. Em pronunciamento, sem citar a greve, ele disse esperar novidades sobre o pagamento parcial dos salários para esta semana.




Em 16 de outubro (sábado), os jogadores decidiram encerrar a greve e reiniciar os trabalhos no CT no dia seguinte. Também por meio de carta nas redes sociais, afirmaram ter "hombridade e profissionalismo e diante da preocupação em não prejudicar essa instituição". Fica o nosso compromisso em relatar à Nação Azul todos os atos da atual gestão, mas queremos a resolução dos atrasos salariais imediatamente", completaram.