Principal referência do
Cruzeiro
, o goleiro Fábio comentou, pela primeira vez, a oferta que recebeu do
Grêmio
em julho. O camisa 1 confirmou que recusou o convite feito pelo técnico Luiz Felipe Scolari em função do momento delicado vivido pela Raposa na Série B do Campeonato Brasileiro.
Na mesma resposta, concedida durante entrevista coletiva,
Fábio
fez mistério sobre o futuro. Aos 40 anos - ele completa 41 no próximo dia 30 -, o goleiro lembrou que tem contrato com o Cruzeiro apenas até dezembro deste ano.
"Acho que a confiança dos dirigentes do Cruzeiro é plena no meu caráter, na minha identificação com o clube e
eles ficam tranquilos achando que vou me aposentar ou não receber alguma proposta que eu possa aceitar
. Tive uma oportunidade agora do Grêmio, com o Felipão, e agradeci pelo momento do Cruzeiro. Mas estou bem tranquilo. Deus vai direcionar o que vai ser melhor, como sempre fez", disse.
Fábio também foi questionado sobre a possibilidade de alcançar a marca de mil jogos disputados pelo Cruzeiro. Hoje, o goleiro já registra a impressionante marca de
963 partidas
.
"Entrar para a história (completar mil jogos) não depende somente de mim. Primeiramente, minha vida toda é baseada na vontade de
Deus
. O que ele tem para a minha vida, sempre vai se cumprir. Eu continuo trabalhando para ser merecedor do que Deus tem para minha vida. Fica difícil eu falar. Eu me baseio no tempo de contrato, ao longo da minha carreira sempre fiz desta forma, e Deus foi direcionando o que é melhor", explicou.
Fábio renovou seu contrato pela última vez em dezembro de 2020. Ele iniciou sua trajetória na
Toca da Raposa II
há mais de 20 anos, no primeiro semestre de 2000, quando jogou como titular na vitória sobre o Universal-RJ por 2 a 0, em 4 de março, no Mineirão.
Três meses depois, em 9 de julho, era reserva de André no time que bateu o São Paulo de virada, por 2 a 1, também no Gigante da Pampulha, e faturou o tri da Copa do Brasil. No segundo semestre de 2000, Fábio acertou com o Vasco e integrou o grupo campeão brasileiro como suplente de Helton.
Quatro anos e meio depois, em janeiro de 2005, retornou ao Cruzeiro para não sair mais. Desde então, ganhou mais duas
Copas do Brasil
(2017 e 2018), dois Brasileiros (2013 e 2014), sete Mineiros (2006, 2008, 2009, 2011, 2014, 2018 e 2019) e inúmeros prêmios individuais, como o de melhor goleiro da Série A em 2010 e 2013.