O Cruzeiro já contratou a empresa que será responsável por tentar revitalizar o gramado da Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A expectativa é de que os primeiros resultados apareçam em 10 dias. 

Como a Prefeitura de Belo Horizonte proibiu o público nos estádios da capital, o clube celeste deseja mandar partidas da Série B do Campeonato Brasileiro na cidade vizinha com a presença de seu torcedor. 

O trabalho da Green Gramados Esportivos, que também cuida dos campos da Toca da Raposa II e de outros estádios pelo Brasil, começará já nesta quarta-feira. A informação foi confirmada ao Superesportes pelo proprietário da empresa, Rodrigo Campolina.

"Estivemos lá ontem (segunda-feira) e foi acordado com o Cruzeiro um trabalho de revitalização. Começaremos amanhã (quarta-feira). O gramado está muito seco, é comum nesta época do ano. Há muito desgaste pelo número de jogos, mas constatamos que o gramado está bom", explicou.

"O estádio estava recebendo muitos jogos. Agora, a partir do momento que para, a gente faz uma aeração, um corte vertical, limpeza de palha, nivelamento e jogamos fertilizante. Esperamos em 10 dias ter o verde de volta", projetou Campolina. 

Ainda de acordo com a empresa, o serviço de revitalização custará aos cofres do Cruzeiro cerca de R$ 10 mil. Caso siga atuando em Sete Lagoas, no entanto, a equipe celeste precisará fazer novo investimento para manutenção do gramado.

O próximo jogo do Cruzeiro como mandante na Segunda Divisão está marcado para as 16h de 7 de setembro (terça-feira) - portanto, daqui a 14 dias. 

Atualmente, o Democrata de Sete Lagoas atua no estádio para um público de 600 pessoas. A categoria de base da Raposa também manda seus jogos no local. Nos bastidores, o clube celeste acredita que a capacidade da Arena do Jacaré poderá ser elevada com autorização de um decreto municipal.  

Inicialmente, o Cruzeiro não pagará aluguel para atuar na Arena do Jacaré. Presidente do Democrata, clube responsável pela administração do estádio, Rodrigo Paiva explicou à reportagem as tratativas com a direção celeste.

"Tem um entendimento neste sentido, de o Cruzeiro mandar os jogos por aqui enquanto a cidade de Belo Horizonte estiver fechada. Em contrapartida, estão recuperando o gramado", disse. "Vamos conversar mais para frente sobre a quantidade de jogos. Se BH seguir fechada, negociaremos outras condições mais adiante", completou.

Para conseguir mandar seus jogos em Sete Lagoas, o Cruzeiro precisará de uma extensão da liminar que liberou, no fim do mês passado, que seus jogos pela Série B fossem disputados com a presença do torcedor. 

Inicialmente, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) autorizou apenas partidas "realizadas em praças desportivas localizadas dentro da cidade de Belo Horizonte". Internamente, no entanto, há um otimismo por nova vitória nos tribunais.