Pedro Lourenço contribuiu para Cruzeiro colocar salários de 2021 em dia (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)


O Cruzeiro contou com o aporte de Pedro Lourenço , dono do Supermercados BH, para quitar quase R$9 milhões em salários na última sexta-feira (7), quinto dia útil de agosto. O dinheiro liberado pelo empresário colocou grande parte da remuneração de jogadores e funcionários da Toca da Raposa II em dia, levando em consideração apenas o ano de 2021. Alguns valores de 2020 ainda estão em aberto.




Quitar as pendências com atletas e colaboradores foi uma condição exigida por Vanderlei Luxemburgo para acertar com a Raposa. O treinador reestreou pelo clube com vitória por 2 a 1 sobre o Brusque, no último sábado, em Santa Catarina, pela 16ª rodada da Série B. O time celeste saiu da zona de rebaixamento e subiu para o 15º lugar, com 16 pontos.

“Falei que a maior contratação que o Cruzeiro fez foi colocar os funcionários e os jogadores recebendo. Muda completamente (o ambiente), porque o clube cumpre com as obrigações dele, e os jogadores são obrigados a cumprir. Não que eles estivessem jogando de sacanagem. É emocional, parte psicológica. Isso foi uma coisa muito boa”, disse Luxa.

O meia Giovanni também ressaltou que o grupo ficou muito contente ao ter a situação financeira regularizada. “Em relação aos salários em dia, a diretoria passou isso para nós. As coisas estão sendo acertadas, a maioria está com o salário em dia, não apenas os jogadores, mas também os funcionários. Ficamos muito felizes com isso que vem acontecendo”.




Pedro Lourenço já contribuiu outras vezes no pagamento de salários e também na aquisição de direitos econômicos de jogadores. Em janeiro de 2015, ele investiu 2 milhões de euros (R$6 milhões na época) na contratação do uruguaio Arrascaeta, ex-Defensor do Uruguai. Já em dezembro de 2019, "comprou" o lateral-direito Orejuela, ex-Ajax da Holanda, por R$6 milhões.

O balanço financeiro do Cruzeiro de 2020 contabilizou dívida de R$128,2 milhões de empréstimos e financiamentos - R$14,4 milhões no passivo circulante (prazo de até um ano) e R$113,8 milhões no passivo não circulante (vencimento superior a um ano). Dentro desse bolo está o crédito de Pedro Lourenço, que em várias ocasiões diluiu parte dos valores no patrocínio master, além de evitar cobranças para ter o montante de volta.