Mozart alcançou oitavo jogo seguido sem vitória no comando do Cruzeiro (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

Pelo menos inicialmente Mozart seguirá como técnico do Cruzeiro. Após o oitavo jogo consecutivo sem vitória na Série B do Campeonato Brasileiro, o treinador concedeu entrevista coletiva normalmente neste sábado. Ele admitiu o incômodo com a sequência negativa e comentou novo empate, desta vez por 0 a 0 com o Vila Nova, em Goiânia-GO, pela 14ª rodada. 




"Nos incomoda muito esses oito jogos sem vencer. Pode ter certeza absoluta que estamos incomodados, eu como treinador e os atletas como jogadores. Mas estamos tentando. Prova disso foi o jogo de hoje, prova disso foram os vários momentos do jogo contra o Remo (derrota por 1 a 0 na última terça-feira)", disse Mozart

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"Eu sou bem tranquilo com relação às críticas, não tenho problema algum em recebê-las e assumir, como sempre fiz aqui. Não é para fazer média, é realmente o que vejo. O dia a dia desses jogadores, o que eles entregam nos jogos, a atmosfera de vestiário, enfim. Criaram cinco chances e, infelizmente, não fizemos. É um momento em que precisamos tirar forças de algum lugar para atravessar", complementou.

Nos últimos oito jogos pela Série B, o Cruzeiro empatou cinco (Guarani, Brasil, Coritiba, Botafogo e Vila Nova) e perdeu três (CSA, Avaí e Remo). Os cinco pontos somados em 24 possíveis deixaram a equipe na zona de rebaixamento da Segunda Divisão - 18º lugar, podendo ser ultrapassado pelo Brasil-RS até o fim da rodada.




"A crítica é normal, principalmente por parte do torcedor. Acho natural a insatisfação. Pode ter certeza que estamos bem incomodados com essa situação, oito jogos sem ganhar na colocação em que estamos. Na minha opinião, com toda humildade e crítica ao meu trabalho, poderíamos ter pelo menos seis pontos a mais. Pelo menos", admitiu o treinador.

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Pressão extrema


A situação de Mozart na Toca da Raposa II está cada dia mais insustentável. Além da pressão enorme do torcedor, boa parte do Conselho Deliberativo não aceita a permanência do treinador.

Desde sua contratação, em junho, o presidente Sérgio Santos Rodrigues virou alvo de muitas críticas nos bastidores. A expectativa, após a demissão de Felipe Conceição, era pela contratação de um nome mais experiente, como Vanderlei Luxemburgo ou Dorival Júnior, ambos livres no mercado.




Agora, o Cruzeiro depende de um pedido de demissão de Mozart para que possa contratar um novo treinador. A regra imposta pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não permite que o clube demita dois treinadores durante uma mesma competição. Se o clube optar pela saída do profissional sem um acordo, terá de colocar um auxiliar-técnico para comandar a equipe até o fim da Série B.