Mozart não consegue fazer o time render em campo (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)


Suspenso, o técnico Mozart não ficou no banco na goleada sofrida pelo Cruzeiro para o Avaí, por 3 a 0, no Mineirão, pela Série B. Como não deu entrevista no sábado, ele participou de uma coletiva neste domingo. O comandante celeste disse que descarta colocar o cargo à disposição em caso de novas derrotas e frisou que prefere pensar de forma positiva.



Durante a dinâmica da coletiva, um repórter fez a seguinte pergunta: "(...) Se as coisas (vitórias) teimarem em não acontecer, você admitiria colocar o cargo à disposição?".

Mozart respondeu: "Eu sinceramente nem penso nessa hipótese, porque eu não conheço a vida das pessoas que estão aqui, mas são histórias parecidas, e a minha não é diferente. Eu sou de uma origem humilde, o futebol normalmente são histórias parecidas, sempre foi uma história de muita luta, de muita dedicação, falo isso para contextualizar a resposta. Então, é um momento difícil? É, sem dúvida, (difícil) de resultado, de desempenho em alguns momentos do jogo, mas não passa pela minha cabeça (colocar o cargo à disposição), porque eu tento ver as coisas de forma sempre positiva", disse o treinador.

"Eu tenho saúde para trabalhar, disposição para trabalhar, pode ter certeza que estarei aqui todos os dias continuando meu trabalho com dedicação. E sabendo que este trabalho de maneira honesta vai ser abençoado. Então, é continuar meu trabalho com muita dedicação, com muita entrega, que, se Deus quiser, a partir de terça vamos reverter esta situação adversa", completou.




Na 16ª posição da Série B, com 11 pontos, o Cruzeiro vive jejum de seis jogos sem vitória na competição. O clube celeste enfrentará o Remo na próxima terça-feira, às 19h, no estádio Baenão, em Belém. A partida marcará o reencontro com o técnico Felipe Conceição, que assumiu a equipe paraense no início de julho, quase um mês depois de deixar a Toca em consequência da eliminação na terceira fase da Copa do Brasil. Mozart chega pressionado para o jogo.

"Acho natural esta pressão. Com relação ao jogo de terça, o treinador vai sempre pressionado para o próximo jogo, então acho natural. Mas é não perder o foco, juntar os cacos que uma derrota como esta causa e passar tranquilidade e confiança ao jogador. Pode ter certeza que a minha convicção não muda, óbvio que a derrota dói, mas não muda (a convicção). É continuar trabalhando dentro de campo, porque é só o campo que te proporciona esta mudança. Esta pressão é natural, assim como a insatisfação da torcida. Pode ter certeza que vamos fazer o melhor para reverter este quadro", disse o treinador.