Com gols em contra-ataques, Avaí atropelou o Cruzeiro no Mineirão (Foto: Ramon Lisboa/EM D.A Press)

Com uma equipe completamente desajustada, o Cruzeiro aumentou a crise na Série B do Campeonato Brasileiro ao perder por 3 a 0 para o Avaí, neste sábado, no Mineirão, pela 12ª rodada. Os três gols nasceram em jogadas de contragolpes - um de Marcos Serrato, aos 17 minutos do primeiro tempo, e dois de Renato, aos 24 e aos 35 da etapa final. O revés manteve a Raposa na parte de baixo da classificação, agora em 16º, com 11 pontos (2 vitórias, 5 empates e 5 derrotas). Por sua vez, o Leão subiu para 6º, com 18, e ampliou a sequência invicta para seis partidas (4 vitórias e 2 empates).



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Especialmente nos gols sofridos na segunda parte, o Cruzeiro ficou com a retaguarda vulnerável em razão de alterações feitas pelo auxiliar Denis Iwamura, que substituiu o técnico Mozart Santos, suspenso. Ele trocou o zagueiro Léo Santos pelo atacante Wellington Nem e orientou que Rômulo e Ariel Cabral auxiliassem Rhodolfo na defesa. A estratégia visava tornar a equipe mais forte na frente, mas o Avaí foi competente na marcação e encontrou bastante espaço para contra-atacar.

Sem vencer há seis rodadas na Série B - quatro empates e duas derrotas -, o Cruzeiro enfrentará o Remo na próxima terça-feira, às 19h, no estádio Baenão, em Belém. A partida marcará o reencontro com o técnico Felipe Conceição, que assumiu a equipe paraense no início de julho, quase um mês depois de deixar a Toca em consequência da eliminação na terceira fase da Copa do Brasil. Já o Avaí medirá forças com o Operário na quinta-feira, às 21h30, no estádio da Ressacada, em Florianópolis.


O jogo


Mozart Santos mexeu em praticamente metade do time que empatou por 3 a 3 com o Botafogo. As caras novas foram o lateral-direito Norberto, o zagueiro Rhodolfo, o volante Ariel Cabral, o meia Claudinho e o atacante Marcelo Moreno. Saíram Raúl Cáceres (entorse no tornozelo esquerdo), Ramon (terceiro cartão amarelo e lesão na coxa direita), Giovanni, Airton e Rafael Sobis (os três por opção do treinador). No banco de reservas, o comandante era o auxiliar Denis Iwamura, já que Mozart precisava cumprir suspensão por ter sido expulso no Rio de Janeiro.




Na prática, o Cruzeiro alternou entre o 4-3-3 e o 3-4-3. Quando o time tinha a bola, Lucas Ventura se posicionava entre Léo Santos e Rhodolfo e funcionava como líbero na troca de passes. Sem a redonda, os volantes se alinhavam na marcação. Apesar da superioridade na posse, a Raposa não conseguia acelerar as jogadas a ponto de bagunçar a defesa adversária. Tanto que não houve uma finalização sequer nos primeiros 25 minutos.

Já o Avaí não deu bobeira na única oportunidade que teve na etapa inicial, aos 17 minutos. Ainda no campo de defesa, Diego Renan tomou a bola de Bruno José e tocou para Lourenço, que abriu na ponta direita para Copete. O colombiano carregou em velocidade, cortou para o meio e percebeu a chegada de Marcos Serrato. De pé esquerdo, o camisa 19 bateu colocado no canto direito de Fábio e fez um bonito gol no Mineirão: 1 a 0.

Em desvantagem, o Cruzeiro tentou reagir explorando a velocidade de Bruno José pela ponta direita. Aos 28, ele finalizou rasteiro nas mãos de Gledson. Aos 37, em nova conclusão do camisa 16, o goleiro do Avaí espalmou para a linha de fundo. Aos 39, Marcelo Moreno recebeu enfiada de bola de Marcinho, invadiu a grande área, porém arrematou sem força. Por fim, aos 47, Marcinho soltou a bomba de longa distância, por cima da meta, em cobrança de falta.




O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com três substituições que tinham o propósito de deixar o time mais ofensivo: saíram Claudinho, Jean Victor e Lucas Ventura, entraram Rafael Sobis, Felipe Augusto e Rômulo. Aos 6 minutos, Rômulo cruzou do lado direito, e Marcelo Moreno cabeceou forte no travessão. Aos 7, Augusto se precipitou ao arriscar um chute de primeira, após corte da defesa do Leão, e isolou a redonda.

Aos 20, Denis Iwamura partiu para o tudo ou nada ao trocar o zagueiro Léo Santos pelo atacante Wellington Nem, além de acionar Giovanni na vaga de Bruno José. Com isso, o lateral Norberto e os meio-campistas Ariel Cabral e Rômulo precisaram se revezar como "zagueiros" ao lado de Rhodolfo. O Avaí se aproveitou da desorganização defensiva celeste e matou a partida em dois contra-ataques. Aos 24, Renato recebeu de Getúlio e só teve o trabalho de mandar a bola para a rede: 2 a 0. Aos 35, o camisa 7 anotou o segundo dele, após assistência de Copete, e deu números finais ao jogo: 3 a 0.

CRUZEIRO 0X3 AVAÍ


CRUZEIRO
Fábio; Norberto, Léo Santos (Wellington Nem, aos 20 do 2T), Rhodolfo e Jean Victor (Felipe Augusto, no intervalo); Lucas Ventura (Rômulo, no intervalo), Ariel Cabral, Marcinho e Claudinho (Rafael Sobis, no intervalo); Bruno José (Giovanni, aos 20 do 2T) e Marcelo Moreno
Técnico: Denis Iwamura (Mozart Santos suspenso)

AVAÍ
Gledson; Edilson (João Lucas, aos 25 do 2T), Rafael Pereira, Betão e Diego Renan; Bruno Silva (Wesley Soares, aos 25 do 2T), Serrato (Valdívia, aos 9 do 2T) e Lourenço; Vinícius Leite (Renato, aos 9 do 2T), Copete e Getúlio (Júnior Dutra, aos 33 do 2T)
Técnico: Claudinei Oliveira

Gols: Marcos Serrato, aos 17 do 1T; Renato, aos 24 e aos 35 do 2T (Avaí)

Cartões amarelos: Giovanni, aos 26 do 2T (Cruzeiro); Edilson, aos 46' do 1T; Renato, aos 11, Bruno Silva, aos 14 do 2T (Avaí)

Motivo: 12ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro

Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte

Data: sábado, 17 de julho de 2021

Árbitro: Alisson Sidnei Furtado (TO)

Assistentes: Fábio Pereira e Cipriano da Silva Souza (TO)