Nota atualizada às 19h12

Derrotado por 1 a 0 pelo Athletico-PR no jogo de ida das quartas de final do Campeonato Brasileiro Sub-17, o Cruzeiro avançou às semifinais ao vencer o duelo de volta por 3 a 1, no CT do Caju, em Curitiba. Artilheiro da equipe na competição, Vitor Roque chegou a 10 gols em 10 partidas ao anotar o segundo tento celeste nesta sexta-feira. Na semana passada, o centroavante não esteve em campo na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, porque cumpria suspensão pelo terceiro cartão amarelo.

Vitor Roque é da geração nascida em 2005 - ou seja, um ano mais novo que grande parte dos atletas que participam do Brasileiro Sub-17. Mesmo assim, o garoto demonstrou personalidade contra adversários em um estágio de desenvolvimento teoricamente superior e marcou 10 gols. Ele superou Kauan Santos, do Palmeiras (9), e está abaixo somente de Emersonn, do Athletico, com 13.

Um dos momentos de destaque de Vitor Roque foi no empate por 3 a 3 com o Palmeiras, em 12 de junho, no Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte, pela sexta rodada do Grupo A. Aos 18 minutos do primeiro tempo, ele se aproveitou de domínio errado do zagueiro, roubou a bola e chutou de bico com o pé esquerdo para a rede. Já aos 47’, após tiro de meta cobrado por Otávio, o camisa 9 percebeu que o goleiro Zé Henrique estava adiantado e soltou a bomba por cobertura de fora da área.

Outro jogo em que Vitor Roque fez dois gols foi na vitória por 2 a 1 em cima do Grêmio, em 15 de maio, no CT Hélio Dourado, em Eldorado do Sul-RS, pela segunda rodada da fase de grupos.

Roque ainda deixou a sua marca diante de São Paulo (1 a 1), Botafogo (3 a 1), América (6 a 0), Ceará (3 a 2) e Atlético-GO (2 a 2). Ele passou em branco somente nas derrotas para Bahia e Flamengo, ambas por 1 a 0.

Vitor Roque foi pivô de uma “briga” entre Cruzeiro e América em 2019. A diretoria do Coelho acusou a Raposa de aliciamento e levou o caso à Justiça. Por fim, os clubes chegaram a um acordo de divisão dos direitos econômicos do atleta tão logo ele assinasse o primeiro vínculo profissional - em maio de 2021.

Em julho de 2020, o Superesportes publicou detalhes da operação feita pela gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá para tirar o promissor centroavante da base americana. Entre os principais pontos estão uma peneira forjada e um contrato de quase R$1 milhão com o pai do jovem (clique e relembre).