Faixas pedem a saída do presidente do Cruzeiro
A rejeição ao presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, sobe a cada rodada que o time decepciona na Série B do Campeonato Brasileiro. Para demonstrar que não aprovam o trabalho do dirigente, torcedores afixaram faixas em vários bairros de Belo Horizonte. O movimento foi apócrifo.
Na passarela que liga os bairros Barro Preto e Carlos Prates, uma faixa foi exibida com a seguinte mensagem: "SSS [abreviação de Sérgio Santos Rodrigues], o Cruzeiro não é seu. Renuncie!".
Em outro ponto da cidade, o protesto foi contra os atrasos recorrentes no clube: "Cadê o INSS dos funcionários do Cruzeiro? #ForaSSR".
O presidente do Cruzeiro começa a sentir a pressão da torcida, cansada de ver o time brigar na parte de baixo da tabela de classificação da segunda divisão, mesmo tendo orçamento maior do que a maioria dos rivais.
No mês passado, dois protestos ocorreram em frente à Toca da Raposa II. O presidente tratou de minimizá-los em entrevista coletiva. O dirigente ainda fez questão de descartar a possibilidade de renúncia ao cargo.
"Não, de forma alguma. Não condiciono (permanência ao acesso à Série A). Quero dizer que estou absolutamente tranquilo, e no que me couber, enquanto puder, se o Conselho quiser e a torcida entender, eu vou cumprir até o fim de 2023 pelo menos, que é até o fim", garantiu o presidente.
"Sobre rejeição e protestos, acho muito curioso falar de protesto relevante. É bastante gente, mas é protesto com trio elétrico, que dá briga, que a gente fica sabendo que tem ônibus liberado. A gente sabe o cunho que tem por trás desse tipo de protesto. E sobre rede social, sou um crítico de forma geral, não só por causa do futebol, mas de política e do ambiente de ódio que se criou em rede social", complementou.
Para Sérgio, as críticas ao seu trabalho acontecem apenas em função do baixo rendimento do Cruzeiro em campo. Desde que iniciou a trajetória na Série B, em 2020, o time celeste ainda não conseguiu superar a 10ª colocação da tabela. Desta forma, em nenhum momento chegou a brigar, de fato, pelo acesso à elite do futebol brasileiro.
"Quando ganha, passei por isso no último ano, há momentos de extrema euforia, assim como há momentos de extrema rejeição que estou vivendo agora. Vamos continuar trabalhando bastante de cabeça erguida, agradecendo muito àqueles que reconhecem o que estamos fazendo e nos ajuda, seja convocando sócios ou promovendo as ações que a gente faz", finalizou.