Botafogo e Cruzeiro empataram por 3 a 3 em duelo movimentado no Rio (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

O Cruzeiro adoçou o paladar de sua torcida e indicou que a sequência sem vitórias na Série B estava perto do fim no confronto deste sábado com o Botafogo, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, pela 11ª rodada. Depois de ficar por duas vezes atrás no placar, com gols de Chay, a equipe celeste reagiu na etapa complementar e fez 3 a 2 em cima do Botafogo - um gol de Gilvan, contra, e dois de Marcelo Moreno. Contudo, o time carioca pressionou na reta final e conseguiu o 3 a 3 novamente com Chay, aos 47 minutos.



O resultado foi amargo para ambos os clubes, que seguem distantes da zona de acesso à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. A Raposa contabilizou o 11º ponto em 11 rodadas (13º lugar) e ampliou a série negativa para cinco partidas (uma derrota e quatro empates). Já o Fogão estacionou na 10ª posição, com 13 pontos - quatro a menos que o CRB, 4º colocado.

Mineiros e cariocas voltam a campo pela Série B no próximo sábado, dia 17. O Cruzeiro receberá o Avaí, às 16h30, no Mineirão, em Belo Horizonte. Por sua vez, o Botafogo visitará o Brusque, às 19h, no estádio Augusto Bauer, em Brusque-SC.

O jogo




Distante do G4 da Série B, o Cruzeiro teve a formação mantida no 4-3-3 pelo técnico Mozart Santos, que mexeu apenas na lateral direita ao trocar Norberto por Raúl Cáceres. Logo no primeiro minuto, Marcinho abriu espaço no meio-campo, carregou a bola até a intermediária de ataque e soltou a bomba de pé direito. Diego Loureiro caiu no canto esquerdo e espalmou.




O Botafogo respondeu aos 3 minutos, quando Rafael Navarro fez fila na defesa celeste e chutou forte de canhota. Bem posicionado, Fábio mandou para escanteio. Em nova investida alvinegra, Diego Gonçalves deu caneta em Raúl Cáceres, invadiu a grande área e caiu após carrinho de Léo Santos. O árbitro Rodolpho Toski Marques marcou pênalti. Chay finalizou à meia-altura no canto esquerdo: 1 a 0.

O gol adversário obrigou o Cruzeiro a correr atrás do placar e manter a posse de bola. A peça mais lúcida do time na etapa inicial foi Marcinho, que buscou o jogo com movimentação, distribuição e finalizações. Um escanteio cobrado por ele, aos 24, quase se transformou em gol - Rafael Navarro tentou afastar de cabeça e acertou o travessão. Minutos antes, o time sofreu uma baixa: Raúl Cáceres, machucado, deu lugar a Norberto.

A partir dos 30, o Cruzeiro intensificou o domínio territorial, seja por iniciativa própria ou "permissão" do oponente. Entretanto, entrar na área do Botafogo era uma tarefa complicada. Assim, a solução foi arriscar do meio da rua. Giovanni experimentou a primeira dele aos 43 e quase enganou Diego Loureiro, já que a bola desviou em Kanu e passou muito perto da trave esquerda. Na segunda, o goleiro do Fogão mergulhou no canto direito e espalmou.




No intervalo, o técnico Mozart Santos efetuou duas substituições. Na zaga, Rhodolfo entrou no lugar de Léo Santos, que demonstrou lentidão nas jogadas por baixo e cometeu muitos erros de passe. No ataque, Marcelo Moreno foi acionado na vaga de Rafael Sobis. As mexidas surtiram efeito, pois o Cruzeiro empatou aos 8 minutos, em cruzamento de Bruno José na ponta direita e corte malsucedido do botafoguense Gilvan em direção ao próprio gol: 1 a 1.

Pouco depois de o Cruzeiro empatar, Mozart foi expulso por Rodolpho Toski Marques após reclamar de forma acintosa um suposto erro de arbitragem em um arremesso lateral. Para piorar a situação, a defesa celeste se atrapalhou ao tentar afastar uma bola alçada por Daniel Borges, e Chay finalizou de bico para fazer 2 a 1 aos 15 minutos.

A Raposa não se abateu com o gol sofrido e buscou a reação. Aos 21 minutos, Jean Victor cruzou na grande área, e Kanu tocou com o braço na bola. Pênalti. Marcelo Moreno chamou a responsabilidade e cobrou rasteiro no canto direito. Diego Loureiro conseguiu rebater a bola, porém o boliviano apanhou a sobra e teve frieza para converter: 2 a 2.




Três minutos depois, o Cruzeiro virou para 3 a 2 em uma linda finalização de Moreno de fora da área, após Diego Loureiro abafar o passe de Marcinho em direção a Wellington Nem. Com os dois gols no Nilton Santos, o camisa 9 chegou a 51 em 132 partidas pela Raposa e se tornou o maior artilheiro estrangeiro, deixando para trás o uruguaio Arrascaeta, que anotou 50 em 188 jogos.

A partir dos 30 minutos, o Cruzeiro se preocupou em sustentar a vitória parcial e chamou o Botafogo para cima. Até que aos 47 minutos, em bate-rebate na área celeste, Marco Antônio tentou driblar Giovanni e foi derrubado com um carrinho. Pênalti. Chay chutou forte, dessa vez no canto direito, e pôs números finais ao confronto: 3 a 3.

BOTAFOGO 3X3 CRUZEIRO


BOTAFOGO
Diego Loureiro; Daniel Borges (Warley, aos 32min do 2ºT), Kanu, Gilvan e Guilherme Santos (Rafael Carioca, aos 32min do 2ºT); Barreto (Matheus Frizzo, aos 23min do 2ºT), Pedro Castro e Felipe Ferreira (Marco Antônio, aos 23min do 2ºT); Diego Gonçalves, Chay e Rafael Navarro (Rafael Moura, aos 23min do 2ºT)
Técnico: Marcelo Chamusca

CRUZEIRO
Fábio; Cáceres (Norberto, aos 21min do 1ºT), Léo Santos (Rhodolfo, no intervalo), Ramon e Jean Victor; Lucas Ventura (Flávio, aos 31min do 2ºT), Giovanni e Marcinho; Bruno José, Airton (Wellington Nem, aos 23min do 2ºT) e Rafael Sobis (Marcelo Moreno, no intervalo)
Técnico: Mozart Santos

Gols: Chay, aos 8min do 1ºT, aos 15min e aos 47min do 2ºT (Botafogo); Gilvan, contra, aos 8min do 2ºT, Marcelo Moreno, aos 21min e aos 24min do 2ºT (Cruzeiro)

Cartões amarelos: Barreto, aos 12min, Gilvan, aos 34min do 2ºT (Botafogo); Léo Santos, aos 8min, Bruno José, aos 27min do 1ºT; Giovanni, aos 10min, Marcelo Moreno, aos 41min do 2ºT(Cruzeiro)

Cartão vermelho: Mozart Santos, aos 11min do 2ºT (Cruzeiro)

Motivo: 11ª rodada da Série B

Estádio: Nilton Santos, no Rio de Janeiro

Data: sábado, 10 de julho de 2021

Árbitro: Rodolpho Toski Marques (PR)

Assistentes: Jefferson Cleiton Piva da Silva e João Fabio Machado Brischiliari (PR)