Dedé não disputa uma partida oficial desde 19 de outubro de 2019 (Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)


Em litígio com o Cruzeiro na Justiça do Trabalho, o zagueiro Dedé interessa a cinco clubes brasileiros. De acordo com o jornalista Jorge Nicola, quatro times da Série A - Cuiabá, Fortaleza, Atlético-GO e Bragantino - fizeram proposta para contar com o atleta, além do Vasco, que disputará a Série B em 2021.



  
Segundo Nicola, o desejo do jogador é permanecer no Rio de Janeiro, onde reside e faz trabalho de recuperação física após uma cirurgia no joelho direito. No entanto, os valores oferecidos pelo Vasco estão abaixo da pedida salarial do zagueiro: R$ 400 mil. 

“A maior proposta é do Cuiabá, que se dispõe a pagar até R$ 400 mil por mês para o Dedé caso ele aceite fechar um contrato. Na sequência aparece o Fortaleza, com R$ 350 mil mensais, e logo depois o Bragantino, com R$ 300 mil. O Atlético-GO topa pagar R$ 250 mil mais produtividade, de acordo com o número de partidas disputadas e bônus já estabelecidos. O Vasco é dono da menor oferta entre os clubes interessados e se dispõe a pagar somente R$ 200 mil, que é o teto salarial estabelecido pela nova diretoria. O zagueiro fez uma contraproposta de R$ 400 mil”, declarou o jornalista. 

Dedé não disputa uma partida oficial desde 19 de outubro de 2019, quando o Cruzeiro venceu o Corinthians por 2 a 1, em São Paulo, pela 27ª rodada do Brasileirão. Na ocasião, ele machucou o joelho e precisou ser substituído por Cacá. Posteriormente, tentou tanto o tratamento conservador quanto o cirúrgico, porém não alcançou as condições ideais para voltar a jogar.



Contratado por R$14 milhões ao Vasco, em abril de 2013, Dedé conquistou sete títulos pelo Cruzeiro: dois Campeonatos Brasileiros (2013 e 2014), duas Copas do Brasil (2017 e 2018) e três Campeonatos Mineiros (2014, 2018 e 2019). Em oito anos no clube, o zagueiro esteve em campo em 188 oportunidades e marcou 15 gols. Sua sequência foi prejudicada por lesões nos dois joelhos, a ponto de atuar em apenas 12 ocasiões de 2015 a 2017.  
 

Litígio com o Cruzeiro


O imbróglio judicial entre Cruzeiro e Dedé é relativo a uma cobrança de mais de R$35 milhões por parte do jogador em processo na 48ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. O reclamante pleiteia salários em atraso (R$13.782.000,00), verbas rescisórias (R$ 3.390.666,66), cláusulas compensatórias (R$10.500.000,00), FGTS (R$704.400,00), reflexos incidentes sobre o 13º salário (R$1.032.000,00), reflexos incidentes sobre 1/3 de férias (R$ 1.045.333,32), reflexos incidentes sobre FGTS (R$ 1.053.658,66) e indenização por danos morais (R$ 3.750.000,00).

No dia 22 de fevereiro, Dedé conseguiu uma liminar para rescindir o contrato válido até dezembro de 2021, porém o Cruzeiro, em 11 de março, obteve mandado de segurança para derrubar a decisão anterior. O clube alegou que o atleta está com vínculo suspenso por causa da recuperação da lesão no joelho direito. Uma perícia médica será realizada nos próximos dias para atestar as condições físicas e clínicas do defensor de 32 anos.