Em meio às recordações de títulos, ídolos e glórias do passado pelo aniversário de cem anos, o Cruzeiro volta a focar no presente, no qual tem pela frente a reta final da Série B. Em 12º, com 41 pontos, o time entra em campo na sexta-feira, às 21h30, contra o Sampaio Corrêa, no estádio Castelão, em São Luís-MA, pela 33ª rodada.

Com probabilidade de acesso mínima - 0,3%, segundo o Departamento de Matemática da UFMG -, a Raposa começa a planejar a montagem do grupo para 2021. Uma das saídas foi a do meia Régis, que não teve o vínculo renovado. Ele ficou livre no mercado da bola após a sua ligação com o Bahia terminar em 31 de dezembro.

Quem também deve deixar o grupo em breve é Arthur Caíke, que pertence ao Al-Shabab, da Arábia Saudita, e tem contrato de empréstimo com o Cruzeiro até 31 de janeiro. Apesar de a sua permanência demandar um investimento acima das condições celestes, o atacante segue nos planos do técnico Luiz Felipe Scolari. Na competição, ele marcou quatro gols em 24 jogos.

Por outro lado, a diretoria assegurou a permanência do goleiro Fábio, de 40 anos, até dezembro de 2021. Titular desde 2005, ele é o recordista do clube em número de jogos, 917, e foi campeão 12 vezes - duas do Brasileirão, três da Copa do Brasil e sete do Mineiro. O próprio presidente Sérgio Santos Rodrigues já afirmou que gostaria de ver o camisa 1 alcançando a marca de mil partidas.

Embora não pense no milésimo jogo no momento, Fábio se mostra contente em iniciar o 16º ano no Cruzeiro. “Como já disse outras vezes, o Cruzeiro na minha vida entrelaça o lado pessoal e o profissional. Fico feliz por fazer parte dessa história vitoriosa, são mais de 15 anos aqui. Estar participando do centenário é mais um sonho realizado, porque quando cheguei isso era uma coisa longe, distante e difícil de acontecer”.

Além do Sampaio Corrêa, o Cruzeiro enfrentará Oeste (casa), Juventude (fora), Operário (casa), Náutico (casa) e Paraná (fora) pela Série B. A equipe treinada por Felipão pode chegar no máximo a 59 pontos, campanha suficiente para o acesso apenas em 2007, quando o Vitória ficou na quarta posição.

Hoje, a distância para CSA, 4º, é de dez pontos, assim como a do Cuiabá, 5º. A liderança caiu nos braços do América, que chegou a 63 com a vitória de sábado sobre o Guarani, por 1 a 0, e contou com empate por 0 a 0 da agora vice-líder Chapecoense com o Brasil de Pelotas. O time catarinense também soma 63, mas com um triunfo a menos que o Coelho: 18 a 17.

Na era dos pontos corridos da Série B, o Cruzeiro está perto de ser o primeiro grande a não retornar à elite no ano seguinte à queda. Os demais alcançaram sucesso na missão: Atlético, em 2006 (1º, com 71); Corinthians, em 2008 (1º, com 85); Vasco, em 2009 (1º, com 76); Palmeiras, em 2013 (1º, com 79); Vasco, em 2014 (3º, com 63); Botafogo, em 2015 (1º, com 72); Vasco, em 2016 (3º, com 65); e Internacional, em 2017 (2º, com 71).