Rogério Ceni trabalhou no Cruzeiro durante um mês e meio (Foto: Alexadre Guzanshe/EM D.A Press)

Rogério Ceni foi contratado pelo Cruzeiro com a expectativa de repetir o trabalho em longo prazo de seu antecessor, Mano Menezes, à frente do clube por mais de três anos. Entretanto, a trajetória iniciada em 11 de agosto durou somente 46 dias.



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O treinador começou até bem na Raposa, emplacando duas vitórias e um empate nos três primeiros jogos. Em seguida, veio a derrocada, com eliminação na semifinal da Copa do Brasil, diante do Internacional, e tropeços para Grêmio (4 a 1), Palmeiras (1 a 0) e Flamengo (2 a 1), no Brasileiro.

Ceni ganhou voto de confiança ao ser mantido no cargo no jogo contra o Ceará, nessa quarta-feira, no Castelão, em Fortaleza. O Cruzeiro criou boas chances no primeiro tempo e, apesar de ter sofrido pressão na etapa final e empatado por 0 a 0, arrancou elogios do treinador.

“Criamos nove oportunidades de gol e treinamos finalizações praticamente três vezes na semana. Eu mesmo cruzo a bola para eles. Faço de 250 a 300 cruzamentos por treino. Então eles estão bem treinados. Mas no treino você não tem a pressão do jogo. Eles estão se esforçando, fazendo o melhor que podem, e tenho certeza que, quando tiverem mais calma, a bola vai entrar na rede”.

No vestiário do Castelão, Rogério parabenizou os atletas pelo bom rendimento. Porém, ao ver Dedé tomar a palavra para prestar apoio ao armador Thiago Neves, virou-se de costas e optou por não participar da conversa. Foi a gota d’água para tornar insustentável o convívio com o grupo.
Em razão de atritos anteriores, críticas individualizadas em entrevistas e mudanças de última hora nas escalações, Ceni foi desligado do Cruzeiro nesta quinta-feira, após se reunir com o vice-presidente de futebol, Itair Machado, na Toca da Raposa 2.

Em oito partidas, o comandante registrou 33,33% de aproveitamento, com duas vitórias, dois empates e quatro derrotas. Outros profissionais também tiveram passagens curtas pelo clube. Relembre os principais nomes na galeria de fotos abaixo:

Técnicos que deixaram o Cruzeiro com poucos jogos

Rogério Ceni - saiu do Fortaleza para assumir o comando do Cruzeiro em 11 de agosto de 2019. Nos primeiros três jogos, emplacou duas vitórias e um empate. Depois, perdeu quatro partidas consecutivas e empatou uma. Durante 46 dias, Rogério teve relacionamento bastante desgastado com os atletas em razão de escalações, improvisações e por barrar veteranos da equipe (casos de Edilson, Thiago Neves e Fred). Sua demissão foi oficializada no início da noite desta quinta-feira (26/9), após reunião com o vice-presidente de futebol Itair Machado na Toca da Raposa 2.

Foto: Juarez Rodrigues/EM D.A Press - 26.09.2019

Paulo Bento - o português foi contratado pelo Cruzeiro em 11 de maio de 2016, com o objetivo de fazer trabalho em longo prazo. Entretanto, colecionou tropeços e não alcançou a sintonia ideal com os jogadores. Foi demitido em 25 de julho, com seis vitórias, três empates e oito derrotas (41,17%).

Foto: Gladyston Rodrigues/EM D.A Press 15.05.2016

Deivid - auxiliar de Vanderlei Luxemburgo e Mano Menezes em 2015, o ex-atacante foi efetivado técnico para a temporada 2016. Em 18 jogos, ganhou 11, empatou cinco e perdeu dois (70,3% de aproveitamento). Apesar dos números positivos, pesou a eliminação na semifinal do Campeonato Mineiro, para o América.

Foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press - 03.04.2016

Vanderlei Luxemburgo - chegou ao Cruzeiro em 2 de junho de 2015 para substituir Marcelo Oliveira. Em 19 jogos, ganhou seis, empatou três e perdeu 10 (36,84%). Acabou dispensado em 31 de agosto.

Foto: Rodrigo Clemente/EM D.A Press - 28.08.2015

Emerson Ávila - foi efetivado treinador do Cruzeiro em 2 de setembro de 2011. Os resultados foram péssimos: dois empates e quatro derrotas em seis jogos. O time despencou do 11º lugar, na 20ª rodada, para 16º, na 26ª. Em razão disso, retornou ao antigo cargo, de coordenador técnico, e a diretoria contratou Vagner Mancini.

Foto: Jorge Gontijo/Estado de Minas - 02.09.2011

Joel Santana - foi contratado em 19 de junho de 2011 após a demissão de Cuca. Em 15 jogos, o Cruzeiro ganhou oito e perdeu sete (53,33%). Durante sua passagem pelo clube, ficou marcado por sempre confundir os nomes dos jogadores. Em 2 de setembro, foi demitido dias depois da derrota por 4 a 2 para o Figueirense, em casa.

Foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press - 24.08.2011

Emerson Leão - foi anunciado pelo Cruzeiro em 17 de maio de 2004, pouco depois de ter sido demitido pelo Santos. Seu trabalho na Toca da Raposa II durou dois meses. Ele saiu do clube em 29 de julho, com retrospecto de cinco vitórias, um empate e sete derrotas em 13 jogos (41%).

Foto: Arquivo/Estado de Minas

Ivo Wortmann - deixou o comando do Coritiba para substituir Carpegiani no Cruzeiro, em 6 de agosto de 2001. Em 12 jogos, obteve quatro vitórias, três empates e cinco derrotas (41,66%). Por causa dos maus resultados, acabou demitido em 20 de setembro.

Foto: Arquivo/Estado de Minas

Paulo César Carpegiani - sob seu comando, o Cruzeiro contratou os renomados Rincón e Edmundo. Em 6 de agosto de 2001, foi demitido pelo clube após três vitórias, três empates e quatro derrotas em 11 jogos (36,36%).

Foto: Arquivo/Estado de Minas

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