Torecedores do Cruzeiro compareceram em bom número à Argentina para apoiar o time na estreia (Foto: Ramon Lisboa/EM/D. A Press)

O Cruzeiro bem que tentou, mas, sem quatro titulares, não conseguiu suportar a pressão do Racing e caiu por 4 a 2 na noite desta terça-feira, em Buenos Aires, em sua estreia na Copa Libertadores. Pressão que veio dentro das quatro linhas, pelos pés de Lautaro Martínez, autor de três gols, mas também das arquibancadas. A torcida argentina lotou o Estádio El Cilindro e fez bonita festa. Nada disso, porém, diminuiu o que fizeram os torcedores cruzeirenses em solo estrangeiro.





Desde as primeiras horas do dia, os mineiros se fizeram notar nas ruas de Buenos Aires e mudaram o tom do azul na cidade. O claro do Racing deu vez ao escuro da Raposa, que conseguiu levar bom público ao Cilindro, em Avellaneda, ainda que em jogo válido pela fase de grupos da Libertadores e numa terça-feira.

A chegada dos cruzeirenses ao estádio foi dificultada pelo trânsito caótico da capital argentina, mas nada que impedisse o torcedor estrelado de fazer festa no caminho até Avellaneda. Nos bares próximos da tradicional 9 de Julho, principal avenida da capital, eles se reuniram em grandes grupos para partirem juntos rumo à casa do Racing. Foram três ônibus fretados apenas pela Argentinazeiros, reduto criado por celestes que moram no país vizinho.

Por recomendação da polícia local, que promoveu forte esquema de proteção durante todo o dia, os torcedores entraram tão logo chegaram ao estádio. Lá, as ‘hinchadas’ e barra bravas do Racing honraram a tradição local de cantar durante os 90 minutos. 




Em minoria, a torcida do Cruzeiro também fez sua parte. Antes de a bola rolar, ela foi ouvida de fora do estádio e também dominou o interior por alguns minutos. Nos gols cruzeirenses, convertidos por Arrascaeta, no primeiro tempo, e Robinho, de falta, no segundo, ela também abafou os cânticos locais. Curiosamente, o quarto gol do Racing motivou até alguns jornalistas locais tirassem a camisa para celebrar o triunfo.