Jairzinho recebeu uma placa, além de uma camisa com o número 7. O Furacão da Copa, como é conhecido por causa do desempenho fabuloso no Mundial de 1970, no México, foi contratado em 1976 para substituir Dirceu Lopes, que havia se machucado. Jairzinho permaneceu apenas um ano no Cruzeiro, transferindo-se em 1977 para a Portuguesa da Venezuela. O pouco tempo do ex-atacante em Minas Gerais foi suficiente para ajudar a Raposa a levantar sua primeira grande conquista internacional. Naquela Libertadores, marcou 12 gols e protagonizou grandes atuações.
"Ao Furacão da Copa do Mundo de 70 a homenagem e o agradecimento do Cruzeiro Esporte Clube por ter sido um dos grandes nomes da conquista da nossa primeira Copa Libertadores da América em 1976, se tornando um eterno ídolo da história azul", diz a placa.
Participaram da homenagem o ex-jogador Dirceu Lopes e o diretor comercial e de marketing do clube, Robson Pires.
"A riqueza da vida de um ser é quando ele se propõe a alcançar um objetivo na sociedade brasileira por esse esporte maravilhoso chamado futebol. Convivi aqui no Cruzeiro com boas pessoas por dois anos, como o Benecy, que cuidou muito da gente. Esse monstro que está ao meu lado (Dirceu Lopes) também me ensinou muito. Aprendi bastante com ele. Por isso o Cruzeiro alcançou seu objetivo de ser campeão pela primeira vez da Taça Libertadores da América, em 1976. Que o clube possa continuar nesse caminho das vitórias", disse Jairzinho.
"Fizemos parte da equipe que conquistou a primeira Libertadores da história do Cruzeiro. Sem dúvidas nós abrimos caminho para outras conquistas importantes do clube", completou o ex-jogador.
Dirceu Lopes engrandeceu a figura de Jairzinho: "O Jair é um dos maiores tesouros do futebol mineiro. Irmão, amigo inesquecível. Ele veio para me substituir na Libertadores de 1976, pois eu estava machucado. Foi muito melhor que eu para essa conquista. Quero parabenizar o Cruzeiro por essa homenagem, pois ele fez muito por esse clube".
O departamento de marketing do Cruzeiro informou que outras homenagens a jogadores campeões em 1976 serão feitas. O clube também trabalha, em um projeto especial, em campanha comemorativa pelos 50 anos do primeiro título nacional de um time mineiro, a Taça Brasil de 1966.
Imagens do título da Libertadores de 1976
A conquista
O dia 30 de julho está marcado na história do Cruzeiro. Foi nessa data, em 1976, que o clube se projetou de vez internacionalmente com a primeira conquista da Copa Libertadores sobre o River Plate, no Estádio Nacional de Santiago, no Chile, com a vitória por 3 a 2 no terceiro e último confronto contra os argentinos. A partida em campo neutro era obrigatória pelo regulamento da época para desempatar a série. No primeiro jogo da decisão, no Mineirão, em 21 de julho, o Cruzeiro havia vencido por 4 a 1. No segundo, no dia 28, realizado no Monumental de Núñez, os argentinos bateram os celestes por 2 a 1.
A campanha cruzeirense na Libertadores de 1976 também foi marcada por uma tragédia. Em 13 de maio daquele ano, o clube celeste perdeu seu atacante titular Roberto Batata no acidente automobilístico. Ele viajava de carro pela rodovia Fernão Dias, para visitar a família em Três Corações. No quilômetro 182, sofreu um acidente fatal.
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