O Cruzeiro terá uma comissão técnica bastante jovem em 2016. O treinador Deivid, de 36 anos, será auxiliado por Pedrinho, de 38. Como se aposentou recentemente, o ex-armador parece ainda ter resquícios de um discurso de jogador em suas entrevistas.



Apresentado nesta quinta-feira, na sede administrativa, o ex-atleta elogiou a torcida do Cruzeiro, em atitude bastante comum entre novos jogadores que chegam a um clube.

“Apesar de não ter jogado em Minas, sempre me impressionei em ver aquele mar azul no Mineirão. Minha carreira mudou com aquela lesão contra o Cruzeiro. E hoje o Cruzeiro me abre as portas para uma carreira vitoriosa. Novatos têm de provar valor mais rápido. A estrutura do Cruzeiro é impressionante. Eu perdi minha viagem para Disney, que estava marcada, e, desse lado, não machuco mais”, disse Pedrinho, mencionando a uma lesão de ligamento cruzado no joelho, sofrida em 1998 em uma partida contra o Cruzeiro.

O novo funcionário celeste ressaltou que recebeu carinho de torcedores já no Aeroporto de Confins, ao chegar a BH. “Vi a torcida do Cruzeiro ter demonstrações de amor ao clube. Nunca tive a oportunidade de jogar em Minas. No aeroporto, algumas pessoas aqui me perguntaram se estava sendo contratado por algum time. Disse que já tinha parado. O carinho do mineiro é mais forte. O pessoal aqui trata com mais carinho e respeito. Quero esquecer o Pedrinho como atleta”.

Pedrinho foi companheiro de Deivid no curso de treinadores da CBF. Quando jogador, ela jogava no meio-campo de armação e era um atleta bastante técnico. Questionado se a dobradinha com Deivid no Cruzeiro produzirá um time com identidade ofensiva, ele disse que o clube celeste terá um conceito de jogo.

”Brinquei que tem muitos treinadores que jogavam atrás, muitos zagueiros. Deivid não teve a honra de jogar ao meu lado, senão faria mais gols. Esse jogar bonito é mais um conceito de jogo. Parece acadêmico, mas não é. Não quer dizer que vamos jogar como Barcelona, mas teremos nosso conceito, para facilitar o desempenho do atleta. Estou muito confiante. Consegui construir minha vida financeira no futebol e pronto. Se não quisesse trabalhar, não precisaria, mas tenho desejo de vencer”, ratificou.