A entrevista do técnico Marcelo Oliveira, do Cruzeiro, depois da derrota por 3 a 1 para o Huracán, nesta terça, transcorria como de costume. O treinador analisava o time técnica e taticamente. Ele admitiu que a equipe cometeu erros e pagou por eles. Em um certo momento da coletiva, porém, o treinador pediu espaço para criticar a situação em que se envolveu o Cruzeiro nesta semana: dois jogos importantes com apenas um dia de descanso entre eles.
”Eu gostaria de comentar também esse calendário. É impossível você jogar clássico domingo, viajar, chegar às 4h30 da manhã e ter que jogar um jogo decisivo na Argentina, contra um adversário que descansou seus titulares no fim de semana, e visivelmente ganhava a segunda bola, tinha uma marcação muito mais encurtada”, reclamou Marcelo.
O treinador revelou um cenário de extenuação no vestiário do Cruzeiro depois da partida e alertou para os perigos de duas sequências de jogos decisivos com intervalo tão curto entre uma partida e outra.
”Além de estratégia e escalação, isso deveria ser debatido, porque uma hora algum jogador vai passar mal no campo. O Henrique saiu e estava lá deitado no vestiário, o Willians no primeiro tempo saiu também extenuado, não tem possibilidade, isso é desumano. O comércio do futebol, a política do futebol e a desorganização estão sobrepondo à essência, que é a boa técnica, o descanso”, disparou.
Por fim, Marcelo creditou o desfalque de Alisson ao curto tempo de descanso. Segundo ele, se houvesse dois dias de repouso, o armador seria liberado pele departamento de fisiologia para jogar. “Tivemos jogadores machucados recentemente, isso está constante, tivemos que tirar hoje nosso principal jogador, isso não é normal. Se houvesse descanso para o Alisson, ele jogaria. Isso não é normal. É uma situação que precisa ser analisada”.
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