'Somos como um bairro de uma cidade brasileira', diz técnico croata Dalic
Ao chegar às quartas de final da Copa do Mundo do Catar para enfrentar o Brasil, Croácia garantiu, pelo menos, a terceira melhor participação na história
Por AFP
06/12/2022 13:25
- Atualizado em: 06/12/2022 13:36
O técnico da Croácia, Zlatko Dalic, comparou o tamanho de seu país com o de seu adversário nas quartas de final da Copa do Mundo, o Brasil, mas insistiu que seu time é mais perigoso do que as pessoas pensam.
Dugout
A Croácia, finalista do Mundial de 2018, eliminou o Japão na disputa de pênaltis na segunda-feira e assim garantiu, pelo menos, a terceira melhor participação em sua história neste torneio (foi a terceira colocada em 1998).
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O treinador disse estar orgulhoso de sua seleção por ter mostrado raça e força mental para chegar a esta fase e garantiu que sua equipe vai tentar mostrar um bom futebol diante do Brasil, um dos grandes favoritos, na sexta-feira.
"O Brasil tem (mais de) 200 milhões de pessoas, nós somos apenas quatro milhões, então somos um pouco como um bairro de uma cidade brasileira", disse Dalic nesta terça-feira em entrevista coletiva.
"Será um jogo diferente de todos os que já disputamos até agora, porque o Brasil gosta de jogar futebol", acrescentou. "Se olharmos de forma realista, o Brasil é o melhor time do torneio, eles têm um grande time, é assustador, é um grande teste para nós".
O treinador afirmou que "não há nada melhor" do que enfrentar a seleção canarinho em um Mundial.
"Talvez preferíssemos que fosse na final e não nas quartas de final", continuou ele. "Queremos dar o nosso melhor, não vamos desistir antes do jogo. Queremos contrabalançar a qualidade brasileira com a nossa e queremos jogar futebol contra eles".
A Croácia em relação a 2018
A Croácia mudou bastante nos quatro anos desde a última Copa do Mundo, com oito veteranos que participaram da façanha na Rússia no elenco, incluindo o capitão Luka Modric e o atacante Ivan Perisic.
Dalic pediu que esse grupo não fosse comparado ao time derrotado pela França na final de 2018.
"O Brasil é favorito, dá para ver que há um ótimo clima na seleção, eles têm jogadores de nível mundial, Neymar voltou da lesão", analisou o técnico.
"Temos que ser muito espertos na nossa abordagem. Não podemos nos abrir muito contra o Brasil, mas também não podemos nos fechar", disse.