O presidente da Fifa, Gianni Infantino, escreveu uma carta dirigida às 32 seleções que disputarão a Copa do Mundo do Catar. Embora tenha reconhecido questões ideológicas e políticas, o representante máximo da entidade pediu "foco no futebol".
Nesta sexta-feira (4), o canal televisivo britânico, "Sky Sports" divulgou a carta.
"Nós sabemos que o futebol não vive no vácuo e estamos igualmente cientes de que existem muitos desafios e dificuldades de natureza política em todo o mundo. Mas, por favor, não permita que o futebol seja arrastado para todas as batalhas ideológicas ou políticas que existem", começou Infantino.
Inglaterra, País de Gales e outros seis países europeus pediram à Fifa por exemplo, para que seus capitães usem braçadeiras coloridas. A homenagem ao grupo LGBTQIAP+. seria uma forma de chamar atenção para as leis rígidas no Catar que cerceiam a liberdade de gênero no país.
Além de não citar o pedido, o presidente da Fifa também ignorou o fato de que há críticas severas em relação a questão dos direitos humanos. A morte de alguns trabalhadores durante as obras para realização do Mundial também geraram indignação em ativistas.
A fim de mostrar o posicionamento da entidade, Infantino continuou: "Na FIFA, tentamos respeitar todas as opiniões e crenças, sem dar lições de moral ao resto do mundo".
Ao chamar atenção para a diversidade, ele continuou: "Uma das grandes forças do mundo é, de fato, sua própria diversidade, e se inclusão significa alguma coisa, significa respeitar essa diversidade. Nenhum povo, cultura ou nação é 'melhor' do que qualquer outro".