O Botafogo nem de longe repetiu seus melhores momentos em 2023 na noite fria no Nilton Santos. O empate por 1 a 1 sobre o Magallanes (CHI) na Copa Sul-Americana, entretanto, ficou em segundo plano. Mesmo dentro de campo, os holofotes estavam sob Luís Castro, e a equipe pareceu sentir o adeus do técnico.

Em uma semana tensa para os alvinegros, que viram a negociação de Castro com o Al-Nassr, da Arábia Saudita, virar novela, o interesse era mais fora do que dentro das quatro linhas. No "tapetinho" do Nilton Santos, entretanto, o time não repetiu em desempenho suas melhores atuações no ano.

 

 

 

Mais lento do que de costume, a equipe construiu a maioria de suas jogadas em enfiadas de bola de Eduardo, Tiquinho Soares e Gustavo Sauer, aproveitando a fragilidade do adversário. Na marcação, cedeu espaços, mas o time chileno, de nível fraquíssimo, não tinha condições de aproveitar.

No segundo tempo, a torcida chegou até a chiar um pouco com a intensidade baixa e a lentidão do time. Nas arquibancadas, entretanto, depois das vaias e xingamentos ao técnico português, sobrou apoio. Mesmo na chuva, os mais de 27 mil alvinegros que foram ao Nilton Santos cantaram muito alto e fizeram a diferença.

No meio da segunda etapa, quando já jogava mal, o Botafogo ainda perdeu Marlon Freitas, autor do gol da equipe, em justa expulsão, aos 22 minutos. Depois do lance imprudente, o volante foi de herói à vilão.

 

 

 

Mas a atitude de nada adiantou. Em uma bobeira de Júnior Santos, que deu displicente toque de calcanhar, o Magallanes armou contra-ataque e chegou ao empate aos 35, com Zapata. A despedida de Carli e Luis Castro foi mais triste do que qualquer um imaginava.

 

O torcedor botafoguense ainda voltou para casa lamentando o fato da vaga direta para as oitravas de final da Sul-Americana ter escapado das suas mãos depois que Zapata empatou o jogo para o Magallanes. Como se não bastasse, a LDU ainda goleou o Cézar Vallejo e deixou a sonhada classificação direta ainda mais longe.

Com o resultado, o Botafogo agora vai precisa passar pelo Patronato, da Argentina, que vem da Libertadores se quiser continuar na Sul-Americana.