O Botafogo entra em campo para enfrentar o Magallanes (CHI), nesta quinta (29), às 21h, pela Copa Sul-Americana, mas o que interessa mesmo nesse momento está fora das quatro linhas. Ainda sem saber se o técnico Luís Castro deixa o clube rumo ao Al-Nassr, da Arábia Saudita, a torcida dá um adeus ao zagueiro Joel Carli, que vai se aposentar.
O argentino foi relacionado para o jogo, e este será seu último jogo como profissional. A partida não será festiva, uma vez que o Bota ainda decide a primeira colocação do grupo A da Sul-Americana, mas contra um adversário inferior e em meio a uma boa fase em campo, os 90 minutos parecem protocolares.
Líder do vestiário e segundo atleta estrangeiro com mais jogos na história alvinegra, Carli foi uma bandeira do clube em fases difíceis. Com contrato até sexta (30), ele deixará a carreira de jogador para se dedicar a um cargo nas divisões de base do Botafogo. Estão previstas homenagens antes de a bola rolar.
O time deve ser alternativo, uma vez que a partida contra o lanterna da chave não inspira o mesmo perigo que outros jogos pelo Brasileirão. A torcida espera que a despedida de Carli não seja também o adeus de Luís Castro. Homenagens ao treinador também estão sendo prometidas nas redes sociais.
Castro segue 'em cima do muro'
Time de Cristiano Ronaldo na Arábia Saudita, o Al-Nassr desponta como o principal "obstáculo" para o Botafogo em 2023. Isso porque a proposta de 6 milhões de euros por ano -- e uma mansão em Riad avaliada em 2,5 milhões de euros -- balançou o técnico Luís Castro, um pilar da SAF constituída pelo empresário americano John Textor no clube.
Na liderança do Brasileirão, o Bota vive seu melhor momento desde o último título nacional que conquistou, em 1995. Textor, obviamente, não quer mudanças no que está dando certo. Por isso, se não consegue igualar os números dos árabes, acena com um contrato mais longo e valorização salarial, além de premiações e melhora substancial na estrutura de trabalho. Castro ainda não se decidiu.