O Bahia vem quebrando recordes de sócios-torcedores e de público desde que virou SAF e foi adquirido pelo Grupo City. A reportagem apurou que o clube tem hoje 49 mil ativos. O teto histórico até então era de 45 mil.
Em janeiro, um mês após a aprovação da transação, o Bahia chegou a 48 mil sócios-torcedores. Por semanas, manteve média de mais de 100 novos adeptos por dia.
O clube baiano também tem média de público recorde para um início de temporada. Em 2023, são 29.012 pagantes por jogo: a sexta maior do futebol brasileiro até então.
Maré cheia
No ano passado, na reta final da campanha do acesso, o Bahia já havia atingido seus maiores públicos na Fonte Nova em 15 anos.
Em 2022, o time tricolor teve o sexto maior público pagante em média nos Campeonatos Brasileiros A e B. Ficou atrás do top 5: Flamengo, Corinthians, Cruzeiro, Palmeiras e Fortaleza.
Além disso, os quatro maiores públicos da nova Arena Fonte Nova aconteceram nos últimos seis meses.
Os sócios do Bahia votaram quase unanimemente a favor da SAF em dezembro do ano passado. Foram meses de otimismo e negociação com o Grupo City, que promete investir R$ 1 bilhão no clube em 15 anos.
Maré baixa
Apesar do viés crescente fora de campo, o Bahia aprofundou sua crise técnica após a eliminação precoce na Copa do Nordeste. O time tem o segundo pior ataque e a pior defesa da competição e acumulou derrotas e goleadas que irritaram a torcida.
A equipe chega pressionada para o jogo de hoje contra o Itabuna, pela semifinal do Campeonato Baiano, às 16h, na Fonte Nova. O clube fez uma promoção com ingressos de até R$ 10 para tentar mais um grande público.
O Bahia perdeu o jogo de ida por 1 a 0 e agora precisa do triunfo por dois gols de diferença para chegar à final. Vantagem de um gol para o Esquadrão leva a decisão à disputa de pênaltis.
Diante dos maus resultados, o técnico Renato Paiva e o diretor de futebol Carlos Santoro vêm sendo muito criticados. Cadu Santoro, como é chamado, faz parte do Grupo City e acompanha de perto o trabalho do português.