Coudet entregou o cargo no Atlético-MG no último sábado, após o empate em 1 a 1 com o Bragantino (Foto: Pedro Souza/Atlético)

 
Cinco dias separaram o momento em que Eduardo Coudet entregou o cargo no Atlético-MG, no último sábado (10), e a confirmação de Felipão como novo treinador do Galo.




A espera pelo novo comandante não foi tão longa, além de ter sido justamente em um período sem jogos pela pausa para a Data Fifa.

Porém, isto não impediu a semana agitada no clube, entre a busca por um técnico e o acerto para a saída de Coudet.

Saída de Coudet


Insatisfeito com o elenco, Eduardo Coudet entregou o cargo no sábado (10), após o empate em 1 a 1 com o Red Bull Bragantino.

A notícia pegou a todos no clube de surpresa. Internamente, o clima foi de revolta. No momento do anúncio, o diretor de futebol, Rodrigo Caetano, recebeu a posição do treinador com críticas. Caetano disse que o argentino não poderia dar um comunicado dessa forma.



 
 

Posteriormente, Coudet foi passar a folga na Argentina, na terça-feira (13), o que aumentou os rumores sobre a saída.

Quando confirmada a saída, a diretoria do Atlético considerou cobrar a multa do argentino pela quebra do contrato, mas ponderou que seria melhor evitar o desgaste e manter a relação com o técnico de forma amigável. 

O acordo pela rescisão foi assinado nesta sexta-feira (16).

Busca por um novo técnico e anúncio de Felipão


Em busca de um novo técnico desde o domingo, o Galo até sonhava com nomes como os de Tite e Marcelo Gallardo, ex-River Plate.




Porém, o clube traçou uma estratégia realista e viu em três portugueses os seus alvos: Carlos Carvalhal, Bruno Lage e Pedro Martins.
 
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E foi com Lage com quem as negociações avançaram. No entanto, a preferência do técnico era seguir na Europa, o que reduziu as chances de o Atlético-MG de contar com ele.

Assim, já considerando uma resposta negativa, a diretoria voltou o foco aos técnicos brasileiros.

O perfil procurado pelo Galo era de um treinador experiente, capaz de controlar o grupo, sobretudo após as posições de Eduardo Coudet acerca do elenco. E assim chegaram ao nome de Felipão.



 
O acordo, anunciado nesta sexta-feira (16) pelo clube, que retira o técnico de sua aposentadoria e do cargo de diretor do Athletico-PR, é válido até o fim de 2024. Junto dele virá o auxiliar Carlos Pracidelli.
 
 

No texto de anúncio, além da carreira e dos títulos de Felipão, o Atlético destaca o perfil agregador do técnico e a rápida adaptação ao elenco, uma vez que vários atletas já foram treinados pelo gaúcho de 74 anos.