Prefeitura de Belo Horizonte fez exigências sobre a Arena MRV que irritaram o Atlético-MG (Foto: Douglas Magno / AFP)


CEO do Atlético-MG, Bruno Muzzi e Bernardo Farkasvölgyi, arquiteto da Arena MRV, foram intimados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Abuso de Poder, que investiga contrapartidas feitas pela Prefeitura de Belo Horizonte para a construção do estádio.



Dugout
 
A CPI de Abuso de Poder tem como intuito entender todo o polêmico processo de licenciamento da Arena MRV. O propósito é investigar como foram feitas as contrapartidas por parte da Prefeitura Municipal.

O contexto da CPI é compreender se realmente as contrapartidas foram feitas "exclusivamente para prejudicar o andamento das obras do novo completo esportivo mineiro, por motivos alheios ao interesse da cidade".

Bernardo Farkasvölgyi participará da CPI na manhã de 1º de junho, ou seja, já nesta quinta-feira. Já Bruno Muzzi, CEO do Galo, só prestará informações em 15 de junho.




Contrapartidas da Arena MRV


O CEO e o arquiteto terão participações importantes na Comissão Parlamentar de Inquérito para dar informações pertinentes sobre as exigências da Prefeitura pela visão dos responsáveis pelo estádio. 

Durante a gestão do ex-prefeito Alexandre Kalil, a Prefeitura fez contrapartidas que se aproximam de R$ 250 milhões. Inclusive, o Atlético-MG já se posicionou contra estas exigências do órgão municipal.

"As mais de 100 contrapartidas exigidas pela PBH para a construção da Arena MRV têm valores exorbitantes e completamente desproporcionais em relação a qualquer outra arena erguida no Brasil", disse o Galo, que seguiu. 




"Via de regra, projetos dessa envergadura, geradores de emprego e renda (notadamente no período de pandemia), recebem apoio e até incentivos do poder público. Não foi isso o que aconteceu aqui. Pelo contrário", afirmou o clube por meio de uma nota oficial.

Errata: A primeira versão desta matéria afirmava que Bruno Muzzi e Bernardo Farkasvölgyi tinham sido intimados pela Justiça, o que não é verdade. A dupla foi intimada pela CPI de Abuso de Poder, que, diferentemente do Judiciário, não tem poder de julgar.