Eduardo Coudet durante derrota do Atlético-MG para o Botafogo (Foto: Pedro Souza/Divulgação)

O sinal de alerta do Atlético-MG está ligado no Campeonato Brasileiro. Com apenas quatro pontos em quatro rodadas após derrota para o Botafogo, o Galo patina na competição com um problema crônico: o ataque que não funciona.




Conhecido justamente pelo poderio ofensivo, com Hulk, Paulinho, Vargas, Pedrinho, Pavón e outras peças de qualidade para o setor, o time não tem sido eficiente. Na derrota para o Botafogo foram nove finalizações, e apenas uma no gol, apesar de 61% de posse de bola. Os dados são do Sofascore.

Um dos motivos para os problemas no ataque talvez seja o rodízio promovido pelo técnico Eduardo Coudet. 



Após o jogo, Hulk, o craque do time, atendeu a imprensa na zona mista e mostrou respeito, mas admitiu discordar do método. Enquanto isso, na sala de coletiva, o treinador argentino defendia sua filosofia. Sinal da falta de entrosamento.

- Dizer que tal jogador tem de jogar, qual não... O grupo todo vinha fazendo boas partidas. Há troca por alguma dificuldade, golpe, para cuidar, mas estávamos rodando e fazendo grandes partidas. Hoje não fizemos. Trocamos no intervalo e não gostei da partida toda. O time sempre gera situações, tivemos situações claras, mas hoje não deu certo - opinou Coudet. 

Com apenas três gols marcados em quatro rodadas, o Atlético-MG teve mais posse de bola que seus adversários em todos os jogos do Brasileirão. E nos outros três, também finalizou mais, embora com baixa eficiência -- das 66 tentativas, apenas 22 foram na meta. Com 33% de aproveitamento, o ataque não é nem sombra do time que venceu a competição em 2021. 

Os atacantes mais utilizados ao lado de Hulk, que tem 16 gols em 2023, são Paulinho, que marcou sete vezes na temporada, e Pedrinho, ainda sem balançar as redes no ano e atualmente lesionado. Além deles, Vargas, Igor Gomes e Hyoran marcaram dois gols, enquanto Pavón fez um gol na temporada.