Eduardo Coudet e Hulk: técnico e atacante são peças-chave do Atlético no Mineiro (Foto: Pedro Souza/Atlético)

O cenário das últimas temporadas se repete em 2023. Dono do maior investimento e do elenco mais poderoso de Minas Gerais, o Atlético é mais uma vez o grande favorito à conquista do Campeonato Mineiro. E, se confirmar a expectativa, o time alvinegro voltará a ser tetracampeão estadual consecutivamente após mais de quatro décadas.



Dugout


Maior campeão mineiro, com 47 troféus, o Galo emendou pelo menos quatro conquistas apenas duas vezes na história. A primeira foi o pentacampeonato entre 1952 e 1956, na fase pré-profissional da competição. A mais recente foi o hexa entre 1978 e 1983, sequência recorde do clube. Nessa série, o tetra foi em 1981 - há 42 anos, portanto.

Em 2020, o time comandado por Jorge Sampaoli derrotou o Tombense nas finais disputadas em agosto, num campeonato marcado pela interrupção causada pela pandemia de COVID-19. Foi o marco inicial da reconstrução de um elenco após eliminações traumáticas na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana.

No ano seguinte, o Atlético - dono da melhor campanha na fase classificatória - contou com o regulamento para ser campeão após dois empates sem gols com o América. Sob desconfiança, o técnico Cuca levantou o primeiro dos três troféus que conquistaria naquela histórica temporada alvinegra, que ainda teve os títulos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil.




O tricampeonato em 2022 veio com um Mineiro quase irretocável do Galo de Turco Mohamed. As críticas pelo futebol inconsistente contrastam com os ótimos números. Foram 12 vitórias, um empate e só uma derrota na competição - campanha coroada com o triunfo por 3 a 1 na final única contra o arquirrival Cruzeiro, no Mineirão dividido meio a meio pelas torcidas.


Atlético vive reformulação


Apesar do título estadual, o Atlético viveu uma temporada sem grande brilho e cheio de decepções no ano passado. Por isso, a cúpula alvinegra aposta em uma reformulação - embora o diretor de futebol Rodrigo Caetano evite o termo.

"Não gostamos e não adotamos a palavra reformulação ou ruptura. A gente vai fazer ajustes. Isso é obrigação, fazer ajustes a cada ano e agora com a participação ativa do nosso treinador", disse o dirigente.




Na prática, há, sim, um processo de reformulação em andamento. Nomes importantes deixaram o elenco, como o goleiro Rafael, o lateral-direito Guga, o zagueiro Junior Alonso, o volante Jair, o meia Nacho Fernández e o atacante Keno, todos muito participativos nas conquistas recentes do clube.

Por outro lado, chegaram sete reforços: o lateral-direito Paulo Henrique, o zagueiro Bruno Fuchs, os meio-campistas Patrick (ainda não anunciado), Edenilson, Igor Gomes e Hyoran (volta de empréstimo do Red Bull Bragantino), além do atacante Paulinho.



Para comandar o processo de retomada do time, a diretoria alvinegra apostou na contratação do técnico argentino Eduardo Coudet, que trabalhou com Rodrigo Caetano no Internacional em 2021. A percepção do clube é que o "Chacho" pode recuperar a identidade perdida em 2022.




"O trabalho do treinador é gerar uma ideia, convencer com essa ideia, em que os jogadores e a torcida possam gostar. Normalmente tenho uma ideia clara de ser protagonista em cada jogo, em casa e fora, e isso não vai mudar. Vamos trabalhar e tratar de fazer da melhor maneira", pontuou o treinador.

Calendário do Galo no Mineiro


Desde que começou a série de títulos alvinegra, esta será a primeira edição do Mineiro em que o Atlético terá pela frente dois adversários de Primeira Divisão: América e Cruzeiro. O Coelho não disputou a Série A em 2020, enquanto a Raposa ficou fora da elite nas últimas três temporadas.

Apesar de esperar um grau de dificuldade mais elevado em relação aos estaduais anteriores, o Atlético trata a disputa do Campeonato Mineiro como uma espécie de preparação para as principais competições do ano. O Galo ainda vai disputar a Copa Libertadores, Copa do Brasil e o Brasileirão em 2023.




O Atlético está no Grupo A do Estadual ao lado de Athletic, Pouso Alegre e Villa Nova. Na fase classificatória, o time alvinegro enfrentará em turno único os outros oito participantes, que se dividem entre as chaves B (América, Caldense, Democrata SL e Patrocinense) e C (Cruzeiro, Democrata GV, Ipatinga e Tombense).

regulamento do Mineiro prevê que o líder de cada grupo avance ao mata-mata. O outro classificado será o melhor segundo colocado. Semifinais e final serão definidas em partidas de ida e volta.

O Troféu Inconfidência oporá os times que ficarem entre a 5ª e a 8ª colocações na fase classificatória. O último de cada grupo disputará o triangular do rebaixamento para definir os dois que caem ao Módulo II.




Tabela do Atlético na fase de grupos do Mineiro


  • Atlético x Caldense - 21/1, às 16h30, no Independência, em Belo Horizonte, pela 1ª rodada
  • Tombense x Atlético - 29/1, às 11h, no Estádio Soares de Azevedo, em Muriaé, pela 2ª rodada
  • Ipatinga x Atlético - 4/2, às 19h, no Ipatingão, em Ipatinga, pela 3ª rodada
  • Atlético x Democrata SL - 9/2, às 20h, no Independência, em Belo Horizonte, pela 4ª rodada
  • Cruzeiro x Atlético - 12/2, às 19h, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 5ª rodada
  • Atlético x Patrocinense - 18/2, às 16h30, no Independência, em Belo Horizonte, pela 6ª rodada
  • Atlético x América - 25/2, às 16h30, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 7ª rodada
  • Democrata GV x Atlético - 4/3, às 16h30, no Mamudão, em Governador Valadares, pela 8ª rodada

Ficha técnica - Atlético

 
Nome: Clube Atlético Mineiro
Ano de Fundação: 1908
Cidade: Belo Horizonte
Presidente: Sérgio Coelho
Estádios: Mineirão e Independência
Posição no Mineiro 2022: Campeão
 

Elenco 2023

 
Goleiros: Everson, Matheus Mendes e Gabriel Delfim;
Laterais-direitos: Mariano e Paulo Henrique;
Laterais-esquerdos: Guilherme Arana e Dodô;
Zagueiros: Bruno Fuchs, Réever, Igor Rabello, Jemerson e Nathan Silva;
Volantes: Otávio, Allan e Rubens;
Meias: Edenilson, Patrick, Pedrinho, Igor Gomes, Hyoran, Zaracho e Calebe;
Atacantes: Paulinho, Hulk, Vargas, Alan Kardec, Eduardo Sasha, Ademir e Pavón.

Comissão técnica


Treinador: Eduardo Coudet
Diretor de futebol: Rodrigo Caetano
Supervisor de futebol: Carlos Alberto Isidoro
Gerente de futebol: Victor Bagy
Auxiliares: Ariel Broggi, Diego Monarriz, Lucas Gonçalves e Éder Aleixo 
Preparadores físicos: Cristiano Nunes, Octavio Manera, Guido Cretari, Ricardo Seguins e Marcelo Luchesi
Treinadores de goleiros: Rogério Maia e Danilo Minutti
Análise de desempenho: Gustavo Nicoline, Carlos Miguel Fernández, Alexandre Cosme e Matheus Dupin
Médicos: Rodrigo Lasmar, Rodrigo Barreiros, Haroldo Christo Aleixo e Otaviano Oliveira
Fisioterapeutas: Guilherme Fialho, Bruno Leite, Vinícius Castro e Eugênio Araújo
Fisiologista: Roberto Chiari
Nutricionistas: Evandro Vasconcelos e Bárbara Maciel
Massagistas: Belmiro, Alexandre William, Aluízio Carlos e Fabrício Carvalho
Podóloga: Fabíola Efigênia