O técnico Eduardo Coudet inicia a temporada 2023 no Atlético com menos da metade da base multicampeã em 2021. Dos 20 jogadores mais utilizados por Cuca há dois anos, apenas nove estão à disposição do comandante argentino neste começo de trabalho.

São oito atletas que já deixaram ou vão deixar o elenco alvinegro (Tchê Tchê, Nacho Fernández, Junior Alonso, Jair, Keno, Guga, Savarino e Nathan), além de três lesionados (Zaracho, Guilherme Arana e Igor Rabello). Os 11, portanto, não estarão na estreia de Coudet pelo clube.

A largada na temporada será contra a Caldense, dia 21 (sábado), às 16h30, no Independência, pela rodada inaugural do Grupo A do Campeonato Mineiro.

Os 20 jogadores mais utilizados pelo Atlético em 2021

Se por um lado muita gente saiu, por outro, o clube acertou a chegada de seis reforços só nesta janela entre o fim de 2022 e o início de 2023: o lateral-direito Paulo Henrique, o zagueiro Bruno Fuchs, os meio-campistas Edenilson, Patrick e Igor Gomes, além do atacante Paulinho.

Outro nome incorporado ao elenco é o do meia Hyoran, que volta à Cidade do Galo após passar uma temporada emprestado ao Red Bull Bragantino. O jogador de 29 anos foi o 21º mais utilizado pelo Atlético em 2021 e teve aval de Coudet para retornar ao clube.

São, portanto, sete chegadas de atletas para 2023. É o maior número em uma janela de contratações desde 2020, ano em que o elenco passou por uma reformulação profunda a partir das chegadas do técnico Jorge Sampaoli e do diretor de futebol Alexandre Mattos.

Apesar de tantas modificações, a cúpula alvinegra tenta evitar falar publicamente em "reformulação". Na prática, porém, o clube entendeu que precisava se mexer mais no mercado após um 2022 decepcionante e sem grandes conquistas.

"Nós temos muita confiança no elenco e sabemos a dificuldade que é você, ao longo do tempo, ir montando elencos, fazendo manutenção deles, promovendo chegadas", disse o diretor de futebol Rodrigo Caetano, em novembro.

"Não gostamos e não adotamos a palavra reformulação ou ruptura. A gente vai fazer ajustes. Isso é obrigação, fazer ajustes a cada ano e agora com a participação ativa do nosso treinador", completou.

Coudet, de fato, tem tido papel importante no processo de avaliação das peças que saem e que chegam ao clube. O treinador argentino é voz ativa nas decisões tomadas com Caetano e o órgão colegiado que administra o Atlético.

De volta ao Brasil após uma experiência na Europa, o comandante tem o desafio de recuperar o brilho do time campeão mineiro, brasileiro e da Copa do Brasil em 2021. Mas com um elenco bastante modificado.