Atlético se preocupa com a dívida onerosa (Foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)


Em situação financeira extremamente delicada, o Atlético viu um aumento da dívida onerosa em 2022. Esses são os débitos mais prejudiciais às finanças do clube, que geram juros e correções monetárias mensalmente.



 
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Em 2021, o Galo arcou com R$ 87 milhões em juros advindos das dívidas onerosas. Neste ano, os débitos rondam os R$ 8 milhões por mês, totalizando praticamente R$ 100 milhões ao fim de dezembro.

O aumento expressivo da dívida onerosa do Atlético foi um dos argumentos mais fortes para concretizar a venda da outra metade do Diamond Mall à Multiplan. O clube mineiro fechou o negócio em R$ 340 milhões.

De toda forma, o mecenas Rafael Menin garante que o valor não é suficiente. Em entrevista à Rádio Itatiaia, o ex-vice-presidente do Conselho Deliberativo enfatizou: "Não resolve o problema".




"A venda do Diamond Mall foi importante, mas não resolve. Foram R$ 340 milhões para uma dívida superior a R$ 1 bilhão. Esperamos concluir a transação este ano. Ajuda muito, mas não resolve o problema", disse.
 
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Atlético prioriza SAF 


Diante desse cenário, com uma dívida bruta que alcançou R$ 1,4 bilhão, o Atlético "pisa fundo no acelerador" para se transformar definitivamente em SAF (Sociedade Anônima do Futebol). A entrada de capital com a parceria de um investidor é vista como fundamental por boa parte do Conselho para renovar a saúde financeira da instituição.

"Para debelar a dívida e aumentar a capacidade de investimento do clube, é fundamental darmos este passo corajoso. O movimento de SAF na Europa começou há 20 anos. Essa onda está chegando agora no Brasil. Remar contra a correnteza carregando colete de chumbo é complicado", enfatizou Rafael Menin.




Na última segunda-feira (21/11), após a reunião do Conselho, Rubens Menin revelou que o Atlético teve oito propostas pela SAF, sendo uma delas a favorita e já bem encaminhada. O mecenas ainda garantiu que o CD do Galo está unido em prol desta transformação: "Ninguém quer briga".