Último trabalho de duas temporadas no Atlético foi encerrado por Cuca em 2013 (Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


Após nove anos da primeira passagem de Cuca, o Atlético busca um novo trabalho duradouro no comando técnico. Desde a primeira saída do treinador paranaense, no fim de 2013, o Galo não consegue concluir duas temporadas seguidas com um mesmo comandante. A longevidade de um projeto é o foco do diretor de futebol Rodrigo Caetano.



 
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No fim de 2013, Cuca anunciou sua saída do Atlético após a disputa do Mundial de Clubes, encerrando um ciclo que durou pouco mais de dois anos. De lá para cá, outros 16 nomes (considerando também os interinos) comandaram o time mineiro. Nenhum deles teve um trabalho de médio prazo.

O argentino Eduardo Coudet, ao que tudo indica, é a prioridade do Galo após a renovação de Vojvoda com o Fortaleza. Nos bastidores, a informação é de que o Alvinegro pretende oferecer ao novo treinador um contrato de dois anos.

"Eu gostaria muito que o próximo treinador do Galo ficasse aqui por muito tempo. Que se tivesse a tolerância necessária também com ele, porque da forma como é colocado, muitas das vezes, parece que somos nós (risos). Mas o externo hoje, lamentavelmente, determina muita coisa. Determina no nosso país, não é? Como não vai determinar no futebol?", refletiu Rodrigo Caetano.



 
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"Lamento. Lamento muito que seja assim, porque eu sempre disse: existe uma pressão sempre pelo resultado acima de qualquer coisa. E muitos, ainda com resultado, são pressionados para trocar. No dia seguinte, vem a estatística. Eu sempre sou favorável à permanência. Por mim, o Cuca não teria saído agora, como não teria saído no ano passado, e assim sucessivamente. Nem o Sampaoli. Mas são os prazos que o futebol nos impõe", acrescentou o diretor de futebol.

Busca alinhada às necessidades do Atlético


Ainda em entrevista, na última quarta-feira (16/11), Caetano frisou a busca do Galo por um treinador com filosofias ofensivas de futebol. O dirigente reforçou a importância de que o novo comandante entenda o atual cenário do clube, repleto de desafios e iminentes transformações.

"Ideia é tentar encontrar um nome que entenda o momento atual do clube. Transformação para SAF, Arena MRV, as nossas dificuldades financeiras. Que ele esteja disposto, entenda que a responsabilidade será gigante e que seja de médio prazo. Agora, como eu disse, nem mesmo o resultado garante uma continuidade, infelizmente", enfatizou. 

"Então, vamos ter o cuidado para que, talvez, o próximo encerre o ano e que possa ter o interesse e a vontade de dar continuidade no trabalho aqui no Galo. Mais do que isso eu não posso prometer", encerrou.