Neste domingo (13/11), o técnico Cuca deixou em aberto o seu futuro no Atlético. De toda forma, garantiu que seguirá trabalhando pelo clube: "Tenho contrato até 31 de dezembro".

 

 

Após a vitória do Atlético sobre o Corinthians na Neo Química Arena, em São Paulo, o técnico Cuca voltou a enfatizar a indefinição com relação ao futuro no comando técnico do Galo. O treinador paranaense disse ter "decisão tomada" sobre respeitar o tempo de contrato que ainda resta.

"Sim (decisão tomada). Lógico. Eu tenho contrato até 31 de dezembro e não é porque o campeonato acabou que eu não vou trabalhar pelo Galo. Montagem, troca de uma peça ou outra. Vamos discutir e fazer o melhor. Depois, quando acabar o ano, é outro esquema", projetou.

"Não é que eu preciso de alguma coisa. Eu não preciso de nada. O que precisa é das coisas caminharem agora. Tem um caminho a ser percorrido. Não foi bom. Não foi boa essa passagem. Demorou para a gente embalar", completou.

 

 

 

Ainda assim, Cuca enfatizou que a maior probabilidade é a de saída em comum acordo. O treinador paranaense avaliou a temporada como um "ano muito desgastante". 

 

"A probabilidade é de eu sair. A probabilidade maior é a de eu sair. Foi um ano muito desgastante. O próprio torcedor ficou bravo comigo em algum momento, desabafou e, em partes, tinha razão, porque eu não consegui dar a alegria que a gente deu ano passado. A gente tem que dar alegria sempre", disse.

 

"Não teve conversa comigo, da diretoria. A gente entende que é hora de seguir o caminho. Não que o Cuca não quis ou que o Galo não quis. Um comum acordo, até para você um dia poder voltar lá na frente e tal. Essas coisas são normais na vida da gente. Eu queria pelo menos entregar o Galo na Libertadores. Graças a Deus, a gente conseguiu", acrescentou.

Com o triunfo sobre o Timão, na última rodada do Campeonato Brasileiro, o Atlético garantiu vaga na fase preliminar da Copa Libertadores de 2023. Ao analisar a temporada alvinegra, Cuca foi enfático: "Não é uma tragédia".

"Fica um final de ano em que o time teve duas conquistas e uma classificação para a Libertadores. Não é o ideal para o Atlético? Não, não é o ideal. Mas não é uma tragédia também, como poderia ter acontecido hoje, se tivesse perdido e ficado fora da Libertadores", opinou.

O comandante do Galo também falou sobre as definições a serem feitas internamente. Nesta virada de ano, o clube mineiro deve intensificar os trabalhos para a transformação em SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

"Muita coisa tende a acontecer nesse mês. O próprio Galo tem muita coisa a ser definida internamente. Se vai virar SAF, se é que vai ser montada. Não é o Cuca que fala hoje se vai ficar ou não ficar. Vou ajudar na montagem, no que for preciso, como eu tenho conversado com o Rodrigo (Caetano, diretor) e o presidente Sérgio (Coelho), direto, sobre o que pode ser feito", encerrou.