O desempenho do Atlético no Campeonato Brasileiro é decepcionante. O Galo faz campanha ruim para o padrão esperado após uma temporada dominante. Em sétimo na competição, o time caiu de nível, especialmente na parte ofensiva. E, uma arma forte de anos anteriores, se tornou quase um pesadelo para a equipe: as cobranças de escanteio no ataque.

O Atlético teve, no total, 228 escanteios no Campeonato Brasileiro. E só dois resultaram em gols da equipe na competição: Marlon Freitas, contra, na vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-GO, pela 6ª rodada, no Independência, e Sasha, que aproveitou o cruzamento de Nacho Fernández que passou por toda a área para dominar e chutar no canto na vitória de virada sobre o Avaí, por 2 a 1, pela 8ª rodada, no Mineirão.

O jogo contra o Avaí foi no dia 29 de maio. De lá para cá, são quase cinco meses sem um gol originado diretamente em cobrança de escanteio. No total, são 25 jogos consecutivos sem balançar as redes desta forma.

Para se ter uma ideia da diferença, o Atlético fez sete gols oriundos de cobranças de escanteio no Campeonato Brasileiro do ano passado. 

Nos últimos jogos, ficou escancarado a queda de desempenho da bola parada do Atlético. Com pouco poder de fogo, mas domínio da posse, o Galo teve 37 escanteios nos últimos três jogos - a equipe não balançou as redes em nenhuma das partidas.

As cobranças, muitas delas com cruzamentos ruins na primeira trave ou de toques curtos para jogadas ensaiadas, não estão funcionando.

No empate com o Fortaleza, chamou a atenção um toque curto de Zaracho para Ademir, que não conseguiu dominar e deixou a bola escapar pela linha de fundo. "Tivemos uma infinidade de escanteios, mas não estamos tirando proveito dessa bola", disse o técnico Cuca.

As tentativas são as mais diversas. Recentemente, passaram pela linha de fundo para cobrar escanteios os atacantes Hulk, Keno, Ademir e Pavón, os meio-campistas Zaracho e Nacho Fernández e o lateral-direito Guga. Porém, nenhum deles conseguiu transformar os lances de bola parada em gols para o Galo.