Diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano afirmou que trabalha com a possibilidade da venda das ações da SAF do clube na virada deste ano. Segundo o dirigente, o Galo já tem dois tipos de perfis para contratações: atletas em fim de contrato e jogadores com necessidade de aporte financeiro para a compra os direitos federativos.
Antes disso, contudo, o Atlético terá que pagar o River Plate. O colunista Jorge Nicola, do Superesportes, antecipou a informação de que o time teve transfer ban aplicado pela Fifa por conta da dívida pela compra de Nacho Fernández. O clube argentino informou ao Superesportes que não tem acordo firmado com o Galo.
Caetano comentou o assunto. "É fato que nós estamos com esse impeditivo na Fifa, mas é uma questão pontual, me parece que são quase 34 milhões de euros pagos em ações na Fifa e também em aquisições de atletas desde 2020. Este caso foi pontual de desencaixe de fluxo. Mas já temos a pactuação com o River para fazer o pagamento assim que tivermos os recursos", disse o dirigente, em entrevista à Rádio Itatiaia.
"Hoje, o impacto não é enorme, sempre tem o impacto sobre a imagem, não adianta ficarmos dourando a pílula, mas como a janela está fechada, a punição não nos causa grande estrago. Mas a gente tem que solucionar, tem que ser uma exceção (o caso Nacho), não pode ser regra. O clube está trabalhando para solucionar isso", completou.
Sobre a SAF, Caetano destacou: "A gente está trabalhando com dois cenários: um é a continuidade do que estamos fazendo pela questão da falta de capacidade de investimento. Com isso, a gente monitora jogadores que possam estar retornando ao Brasil, jogadores em término de contrato. Agora, se realmente mudar o modelo, se a gente tiver capacidade de investimento, podemos ir ao mercado de outra forma, adquirindo vínculos federativos, mudando o perfil dos atletas para fazer investimento e depois revenda. Mas nada que nos pegará de surpresa, a gente está indo por dois caminhos".
Cuca
Rodrigo Caetano voltou a reafirmar que Cuca é o técnico preferido para 2023. "Não temos acordo para a próxima temporada, mas é um desejo meu e a intenção de todos do órgão colegiado dar continuidade ao trabalho do Cuca. A gente espera um momento propício, espero em breve iniciar as conversas. Vai depender do desejo dele em dar sequência no trabalho, mas eu não vejo um outro profissional tão capaz e conhecedor das coisas do Galo para seguir liderando este projeto. E também não vejo outro clube que encaixe com as ideias e a metodologia que ele aplica. Se não tivermos interrupção de trabalho, considero uma vantagem competitiva".