Ricardo Guimarães, futuro presidente do Conselho Deliberativo do Atlético (Foto: Bruno Sousa/Atlético)


Futuro presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, o empresário Ricardo Guimarães defendeu o grupo de investidores conhecido como 4R's, do qual faz parte. "Não descumprimos a promessa", afirmou o mecenas em relação aos investimentos no clube mineiro.



 
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Em entrevista à Itatiaia, na última segunda-feira (19/9), Guimarães relembrou os aportes aplicados pelos empresários no futebol do Atlético em 2020 e 2021. Por uma questão de sustentabilidade financeira, o ex-presidente executivo do Galo acredita que não seria viável manter o mesmo nível de investimentos em 2022.

"Em 2020 e 21, foi feito um investimento muito grande no Atlético. Talvez R$ 200, 250, 300 milhões em jogadores. A gente conseguiu elevar o Atlético a um patamar superior, para o primeiro nível do futebol brasileiro. Tínhamos acabado de ser eliminados para o Afogados, fomos eliminados na primeira fase da Sul-Americana. Dentro dessa situação, não dá para ficar fazendo investimento, R$ 300 milhões todo ano, até porque o clube não comporta. Senão, vai ficar com um nível de endividamento altíssimo. Mesmo sendo um endividamento que a gente chama de benigno, porque não tem juros para pagar", afirmou.

"Não dá para ficar investindo esse valor todo ano. Agora, nós mantivemos o nível altíssimo. O Atlético tem uma das despesas mais altas, com um grupo de jogadores da mais alta qualidade, que não custa barato. A gente acredita que melhorou a qualidade do grupo. (...) Nós não descumprimos a promessa. Mantivemos o Atlético com condições de ganhar o título que estava disputando", completou.




4R's "abandonaram" o clube?


Especialmente nas redes sociais, uma parcela da torcida do Atlético critica a atuação dos 4R's (Rubens e Rafael Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães) em 2022. Guimarães falou sobre o tema e garantiu que "ninguém está se escondendo", apesar de reconhecer os erros cometidos no planejamento após a temporada mais vitoriosa da história do clube mineiro.

"O Victor (gerente) e o Rodrigo Caetano (diretor) estão lá. A gente acompanha de perto, o máximo que dá, mas nós não temos a convivência diária do trabalho. Eles nos dão esse retorno. A gente conversa diariamente. Ninguém está se escondendo. A gente cobra, troca opinião. (...) A gente está presente. Não achem que nós nos afastamos e que a gente só quer aparecer na hora de celebrar. Nessa hora difícil, que precisa mais da nossa participação, é a hora que nós mais nos dispusemos a querer ajudar", garantiu Ricardo.
 
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"A gente está sempre aprendendo, atento. A gente procura fazer tudo com muito carinho, fazendo planejamento. Agora, nem tudo dá certo. Nós não somos infalíveis. A gente também comete erros, claro. Não vou dizer que fizemos tudo certo. Muitas coisas não aconteceram. A gente cometeu falhas sim e espera corrigir ano que vem. A gente está otimista. A cada ano que passa vai melhorando. Isso aí eu não tenho dúvida", acrescentou.




Por fim, o mecenas destacou que há uma dificuldade interna em identificar quais são os problemas que têm atrapalhado o Atlético a retomar o desempenho de outrora. Futuro presidente do Conselho do Galo, Ricardo Guimarães afirmou sobre jogadores e comissão técnica: "Todos têm o nosso apoio".

"Futebol é muito complexo de analisar. 'Ah, é isso que está acontecendo'. A gente está tentando descobrir. Nós temos feito reuniões, estamos presentes. O pessoal, na medida do possível, estará presente na Cidade do Galo, nas viagens, conversando com jogadores, trocando ideias. Todos têm o nosso apoio. Estamos juntos com todos. Não detectamos um problema que possa ter causado o baixo desempenho, que é notório", encerrou.
 
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