Com um novo espírito, o atacante Hulk disse que os jogadores do Atlético vão encarar as 15 partidas finais do Campeonato Brasileiro como finais. O clube vive má fase e ocupa a sétima posição da Série A, com 35 pontos. O Palmeiras lidera a competição, com 49.

"Meu maior foco, minha maior motivação é encarar os 15 jogos que faltam como 15 finais, vou me cuidar bastante para que a gente possa buscar o máximo desses 45 pontos que faltam. E estou, assim como os jogadores, com muita fé que as coisas vão acontecer. Meu foco são nesses jogos agora", disse.

Hulk também falou sobre seu momento em campo. Ele não marca um gol com a bola rolando há mais de dois meses. A última vez que isso ocorreu foi no dia 22 de junho deste ano, na vitória do Galo sobre o Flamengo, por 2 a 1, no Mineirão, pela Copa do Brasil. Coincidência ou não, essa foi a última grande atuação do craque alvinegro.

Depois dessa partida contra o Rubro-Negro, Hulk chegou a fazer três gols, todos em cobranças de pênalti: nas vitórias sobre o Juventude, por 2 a 1, em Caxias do Sul-RS, e o Emelec, por 1 a 0, em Belo Horizonte; e no empate com o Palmeiras, por 2 a 2, no Mineirão.

"O mais importante é sempre o número coletivo. Quando a vitória vem, o trabalho coletivo é reconhecido. Não adianta pensar no seu número individual, porque não faz diferença no final. Eu estou me cobrando bastante. Se a gente for buscar no ano passado, acho que fiquei dez jogos sem marcar, mas a equipe ganhava, nosso time estava ganhando, eu estava criando as jogadas, participando dos lances e o mais importante era que a vitória vinha ", destacou.

Nessa quarta-feira (24/8), o atacante Hulk teve que descer do carro em frente à Cidade do Galo para conversar com os torcedores organizados da Galoucura, que protestaram exigindo "compromisso e comprometimento" dos jogadores. Ele comentou o episódio.

"Quando eu cheguei, o presidente da torcida organizada pediu para eu descer para conversar melhor. Falei 'claro', até porque a gente tem que escutar e passar o que a gente tem em mente, passar que a gente se cobra bastante. Tem muita gente que acha que está tudo bem porque tem dinheiro, não é o seu lado financeiro que fala mais forte, é o seu lado pessoal, seu lado profissional, é como qualquer outra profissão. Você vai fazer uma prova na escala e sai com a nota negativa, você sai dali frustrado", disse. 

"É difícil, falei para a nossa torcida organizada para confiar, a gente está trabalhando, não falta vontade, não falta atitude, e o resultado não vem. Não é por isso que tem que desistir, que ninguém presta mais, pelo contrário, você tem que depositar mais confiança porque vai dar certo. A gente vê a entrega de todos", acrescentou.