Empresário André Cury move 28 ações judiciais contra o Atlético (Foto: Reprodução)


O Atlético foi condenado em mais uma das ações movidas pelo empresário André Cury contra o clube. Desta vez, por uma comissão do agente na venda do atacante Lucas Pratto ao São Paulo, concretizada em 2017.



 
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Na condenação, o Atlético terá de pagar 694.800 euros. Os valores na moeda brasileira serão calculados com a cotação do dia do efetivo pagamento, conforme contrato. A quantia se converteria em algo próximo a R$ 5,2 milhões.

Conforme a sentença do juiz Eduardo Henrique de Oliveira Ramiro, da 15ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, a comissão deveria ter sido paga até 31 de dezembro de 2017. O valor, inicialmente, era de 500 mil euros, acrescidos posteriormente de outros 194.800 euros pela venda de Pratto ao River Plate, da Argentina.

"Julgo parcialmente procedentes os pedidos contidos na inicial para condenar o requerido a pagar à requerente a importância de EUR694.800,00 (seiscentos e noventa e quatro mil e oitocentos euros), valor este que deverá ser convertido em Reais com a cotação da data do vencimento de cada parcela da obrigação, e o montante obtido deverá ser corrigido monetariamente pelos índices da CGJ/MG, e acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês, ambos incidentes desde os vencimentos da obrigação", pontuou o juiz.




O Galo também terá de arcar com custas e honorários advocatícios, arbitrados em 10% do valor da condenação.

Ações de Cury contra o Atlético


Ao todo, Cury move 28 ações judiciais vigentes contra o Atlético - todas referentes a comissões em negociações. Somados os processos, o Galo é cobrado pelo agente em mais de R$ 64 milhões.

Na última terça-feira (9/8), a Justiça de São Paulo determinou que a Multiplan, compradora do shopping Diamond Mall junto ao Atlético, pague uma parte da dívida do Atlético com André Cury - esta referente a transferência do zagueiro Erazo, em 2016. Os valores estão avaliados em R$ 13,5 milhões.

O empresário também solicita a "averbação de protesto" na matrícula do imóvel do shopping. Na petição de Cury, o Galo é apontado perto da "insolvência", que teria o Diamond como único patrimônio imóvel com liquidez. As advogadas do agente ainda argumentam que a possibilidade de os clubes virarem SAF no Brasil prejudica os credores.