Em entrevista concedida nesta sexta-feira (12/8), na Cidade do Galo, Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético, reafirmou a necessidade de vendas de atletas, mas negou uma possível reformulação no elenco. "Nós temos que fazer ajustes", opinou o dirigente.
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Inicialmente, Caetano relembrou o esforço da diretoria para manter o elenco multicampeão em 2021. Depois, o diretor de futebol reafirmou a importância das vendas de jogadores ainda este ano para fazer caixa no Atlético.
"Nós fizemos determinadas escolhas em relação ao planejamento que era o seguinte: você termina um ano de 2021 com um elenco campeão, reconhecidamente como um dos melhores do país. Nosso esforço foi pela manutenção dele. Os poucos que vendemos ou que negociamos, dentro desse ano, ainda sofremos as críticas porque os liberamos - uns que jogaram mais e outros que jogaram menos em minutagem", relembrou.
"Nunca foi negada aqui a necessidade de vendas, de geração de receitas, e atingimos um bom número esse ano. Mas ele não é suficiente. Não é suficiente para aquilo que hoje o Galo enfrenta de dificuldade. Então, obviamente que vamos ter que avaliar isso no final do ano, da necessidade de venda de mais atletas e a reposição deles no modelo que nós temos hoje. Se nada mudar, seguirá no mesmo modelo", completou.
De toda forma, Caetano garantiu que o Atlético não deve vender jogadores até o fim da disputa do Campeonato Brasileiro. "Na parte econômica, surge impactos negativos (das eliminações). Vamos encontrar soluções. Daqui até o final do ano, não haverá nenhuma movimentação. Não haverá nenhuma venda de jogadores. O grupo vai estar fortalecido para buscar o G4 ou coisa maior", assegurou.
Reformulação do elenco?
Após a eliminação diante do Palmeiras na Copa Libertadores, muitos torcedores do Atlético disseram acreditar que o elenco precisa de uma reformulação. Rodrigo Caetano, no entanto, não pensa dessa maneira: o dirigente acredita que o clube precisa de "ajustes". "Talvez muitos, mas nós temos que fazer ajustes e correções", opinou.
"Agora, óbvio que a cobrança é por reoxigenar, reformular. Já disse: reconstruir é uma palavra que deve ser aplicada quando você tem uma situação extrema, de dificuldade esportiva extrema. Nós temos que fazer ajustes. Talvez muitos, mas nós temos que fazer ajustes e correções. E vamos fazer isso de forma muito bem pensada, com calma, com cautela, e da forma como a gente fez até hoje", garantiu.
"Não é pegando três, quatro ou cinco peças aí e jogando em cima deles a responsabilidade pelo nosso insucesso esportivo. O insucesso é de todos nós, e nós vamos fazer as nossas mudanças no momento certo e apropriado, mediante a nossa análise aqui", acrescentou.
Por fim, Caetano fez um questionamento à imprensa e aos torcedores: "Eu pergunto: e se nós tivéssemos vendido, ao final de 2021, três ou quatro atletas da equipe considerada titular, mediante boas propostas, e não tivéssemos tido êxito nas Copas, como não tivemos... Será que a cobrança não seria por conta que não mantivemos os jogadores campeões no ano seguinte?", indagou.