Rodrigo Caetano acredita que Atlético não errou ao manter Turco até julho
Maior parte da torcida do Galo avalia permanência do treinador argentino como erro da alta cúpula, mas diretor de futebol pensa o contrário: "Momento ideal"
Por Lucas Bretas
12/08/2022 12:05
- Atualizado em: 12/08/2022 14:45
Mesmo pressionado, Turco Mohamed permaneceu no comando do Atlético até o fim de julho (Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético, acredita que o clube não errou ao manter o técnico "El Turco" Mohamed até o fim de julho no comando. Em entrevista concedida nesta sexta-feira (12), o dirigente abordou o assunto e falou sobre a troca por Cuca.
Momentos de Antonio Mohamed no Atlético
Antonio Mohamed foi apresentado como técnico do Atlético no dia 25 de janeiro. Argentino assumiu o cargo deixado por Cuca, multicampeão com o Galo no ano anterior
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Em fevereiro, Turco conquistou o primeiro título pelo Atlético: a Supercopa do Brasil, com vitória sobre o Flamengo, nos pênaltis
Foto: Pedro Souza / Atlético
A primeira derrota de Turco pelo Atlético foi diante da URT, pelo Campeonato Mineiro
Foto: Pedro Souza/Atlético
Em abril, Mohamed celebrou a conquista do Campeonato Mineiro, conquistado sobre o rival Cruzeiro, no Mineirão
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Derrota para o América, no Independência, pelo Campeonato Brasileiro, foi uma das cinco sofridas pelo Atlético sob o comando de Turco
Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Na derrota para Tolima em casa, pela fase de grupos da Copa Libertadores, Turco também foi alvo de protestos da torcida
Foto: Pedro Souza/Atlético
No empate por 1 a 1 com o Santos, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro, Antonio Mohamed foi vaiado pela torcida
Foto: Pedro Souza/Atlético
Derrota por 5 a 3 para o Fluminense, no Rio, endossou questionamentos da torcida ao trabalho de Turco no Galo
Foto: Pedro Souza/Atlético
Vitória por 2 a 0 sobre o Flamengo, pelo Brasileiro, deu sobrevida a Turco no cargo. Treinador era criticado por atuações e resultados ruins do Atlético
Foto: Pedro Souza/Atlético
Nova vitória sobre o Flamengo, desta vez pela Copa do Brasil, aliviou ainda mais a pressão sobre Mohamed
Foto: Pedro Souza/Atlético
Galo, no entanto, acabou eliminado pelo Flamengo nas oitavas de final da Copa do Brasil, com má apresentação do time comandado por Antonio Mohamed, no Maracanã
Foto: Pedro Souza/Atlético
Empate com o Cuiabá, na Arena Pantanal, marcou o fim da 'era Antonio Mohamed' no Atlético. Foram 45 jogos de Turco à frente do Atlético nesta temporada, com 27 vitórias, 13 empates e cinco derrotas - quase 70% de aproveitamento
Foto: Pedro Souza/Atlético
Sob o comando do treinador argentino, o Galo até tinha bom aproveitamento (superior a 70%), mas o desempenho desagradava a torcida, que classificou a eliminação para o Flamengo na Copa do Brasil como a "gota d'água". Ainda assim, a diretoria alvinegra deu mais um voto de confiança ao treinador.
Após a vitória sobre o Botafogo e o empate com o Cuiabá (com gol sofrido no último lance) no Campeonato Brasileiro, a alta cúpula do Atlético optou pela demissão de Turco. Na avaliação de Rodrigo Caetano, o momento da troca foi "o ideal ou necessário".
"O momento da troca foi o momento que nós identificamos como sendo o ideal ou necessário. Não adianta, no futebol, a gente ficar imaginando o 'se'. Infelizmente. Os números não indicavam, se fosse somente por eles, que o momento era ruim. A gente identificou queda de performance, de rendimento, e por isso a gente trocou naquele momento", relembrou.
"A avaliação de performance deveria acontecer em todos os momentos, né? Mas quando se perde, se analisa os resultados. Às vezes, quando se ganha, não se analisa os resultados. Nós, quando optamos pela substituição, identificamos a queda de rendimento, mas não a queda de resultados, porque se fosse assim - pelos números, até o momento -, não se trocaria", completou.
Dugout
Troca de Turco por Cuca
Na mesma resposta, Caetano analisou a troca no comando do Atlético. O diretor relembrou a dificuldade no convencimento de Cuca para o retorno e mencionou que o treinador paranaense já afirmou diversas vezes que, em 2022, tem um elenco ainda superior em mãos quando comparado ao de 2021.
"Eu prefiro pensar pelo contrário. Que nós identificamos o momento e, mesmo com muito bons números do Turco, acabamos optando pela saída dele. Logo a seguir, o convencimento ao Cuca de reassumir o clube. Não pensem vocês que foi fácil tirá-lo de casa, do convívio com seus familiares para ele estar aqui", disse.
"Ele atendeu o nosso convite, principalmente por conhecer o elenco, como ele disse mais de uma vez, que o elenco foi melhorado em relação ao que ele tinha no ano passado. Isso é garantia de resultado? Não, mas significa que a gente tem material humano suficiente para reverter o atual quadro", encerrou.