Eduardo Vargas foi punido administrativamente pelo Atlético após a expulsão contra o Palmeiras. A informação foi revelado pelo diretor de futebol do clube, Rodrigo Caetano, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (12).

Vargas recebeu o cartão vermelho no último minuto do jogo que culminou na eliminação do Galo nas quartas de final da Copa Libertadores. Com o empate em 0 a 0 no Allianz Parque, em São Paulo, o chileno seria um dos cobradores de pênalti do time, mas foi expulso por peitar e questionar muito o árbitro colombiano Wilmar Roldan.

O atacante é um dos melhores cobradores de pênalti do Atlético. Com sua ausência, o jovem Rubens errou a sexta cobrança da equipe. Após a eliminação, o técnico Cuca disse que não 'havia explicação' para a ação do jogador e prometeu cobrar o atleta. 

A conversa entre diretoria, treinador e Vargas ocorreu nessa quinta-feira. Segundo Rodrigo Caetano, o atacante se desculpou, disse que estava de 'cabeça quente' e também falou com os demais integrantes do grupo atleticano. 

"Ontem mesmo, entre tantas reuniões que fizemos aqui. Importante o nosso torcedor saber. Eu e o Cuca falamos com o Vargas a respeito desse episódio, ele próprio se desculpou, realmente manifestou que estava de cabeça quente, sabe o prejuízo que ele causou. Fez o mesmo perante os demais atletas", revelou Caetano. 

Apesar de admitir a punição administrativa, ou seja, a multa no salário de Vargas, o diretor não revelou detalhes da conversa. Caetano ressaltou a importância do chileno para o clube, mas espera um rendimento melhor do atacante. 

 

"Nós temos aqui um regulamento interno que ele funciona. Nesses casos específicos, tem sim a punição, já foi aceita pelo atleta, e é uma punição administrativa nesse primeiro momento. Hoje, ele faz parte do elenco. Já foi um jogador muito importante no clube, nas conquistas, assim como os demais. Esperamos que ele retome esse nível de rendimento", afirmou.

Rodrigo Caetano lamentou muito a ausência de um dos principais cobradores de pênaltis na disputa com o Palmeiras. Apesar disso, ele pediu para que Vargas não seja considerado o principal e único responsável pela eliminação da Libertadores, assim como Rubens. 

"Ele sabe da importância, provavelmente seria um dos batedores. Nunca sabemos, o se não existe no futebol, mas se fosse ele um dos batedores, quem sabe aquele sexto pênalti tivesse sido convertido. Da mesma forma que não podemos jogar toda a eliminação nas costas do Vargas, não podemos fazer isso em relação ao Rubens ou qualquer outro personagem", disse Caetano.

Por fim, Caetano ressaltou a importância da multa para que episódios similares não ocorram novamente. O dirigente alvinegro não revelou o 'tom' das cobranças, mas disse que será importante para o atleta refletir.

"O episódio que ele reconhece e todos nós cobramos dele não condiz com o que desejamos para um atleta do Galo. Da mesma forma que aplicamos essa punição, essa multa, importante para a reflexão dele, para que episódios iguais não aconteçam nem com ele, nem com os demais atletas do grupo. As conversas que tivemos e o nível de cobrança que tivemos, preferimos manter internamente", explicou.

Eduardo Vargas não é titular absoluto do Atlético desde que foi contratado, em novembro de 2020. Nesta temporada, são 29 jogos (16 como titular), dois gols e quatro assistências. O chileno de 32 anos tem vínculo com o Galo até dezembro de 2024.