Samuel Lloyd participou do Superesportes Entrevista e comentou nota de repúdio do Atlético (Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)


"Ri bastante": foi assim que Samuel Lloyd, diretor do Mineirão, reagiu à nota de repúdio publicada pelo Atlético na última segunda-feira (4). O Galo polemizou ao demonstrar "indignação" com uma brincadeira feita pelo Gigante da Pampulha nas redes sociais.




 
 

Após o anúncio da contratação de Pavón pelo Atlético, no domingo (3), o Mineirão compartilhou em seu Twitter oficial: "Ai meus bebedouros". A brincadeira se referia a uma confusão protagonizada por Boca Juniors, da Argentina, e Galo no estádio em 2021, quando os argentinos causaram tumulto após eliminação na Libertadores e atiraram, inclusive, um dos bebedouros da zona mista em direção aos seguranças.

Na segunda-feira, o Atlético emitiu nota de repúdio à postagem do Mineirão. O clube alegou que o estádio "ultrapassou o limite do bom senso e faltou com o respeito ao jogador e à instituição".

Nesta quarta-feira (6), Samuel Lloyd, diretor do Mineirão, foi o convidado do podcast Superesportes Entrevista e falou sobre o episódio. O dirigente acredita que a nota do Atlético foi publicada "no calor da emoção".




"Gente, como é que eu comento isso? Porque eu ri bastante, para falar a verdade para vocês. Eu ri de tudo. Eu ri da situação, eu ri dos memes, ri da repercussão da própria imprensa. Acho que a própria imprensa repercutiu mal a nota do Atlético, no final das contas", revelou.

"Eu acho que foi uma nota feita no calor da emoção. O que eu tenho para dizer é isso. Em vários eventos que eu vou, da CBF, por exemplo, a comunicação digital do Mineirão é sempre reverenciada, como uma referência. (...) A nossa comunicação pega muito valor desse momento que estamos vivendo", completou.
 
 

Nota não altera o bom relacionamento entre Mineirão e Atlético


De toda forma, segundo Lloyd, o dia a dia entre o Gigante da Pampulha e os clubes "é uma paz". Nem mesmo a nota de repúdio do Atlético seria capaz de alterar o caráter pacífico do relacionamento entre as partes.




"Quando anunciaram a contratação, a própria internet começou a fazer esses memes em relação ao Pavón. Torcedores do próprio Atlético fizeram isso. Eu acho que são coisas do futebol, são coisas corriqueiras. Acho que isso de forma alguma atrapalha o relacionamento de Atlético e Mineirão", disse.

"O relacionamento real, institucional do dia a dia, do Mineirão com os clubes, é uma paz. É uma paz. Nem essa nota de repúdio causou qualquer tipo de constrangimento entre as duas instituições", acrescentou ao Superesportes.

Boca pagou o prejuízo?


Samuel Lloyd explicou que o clube que contrata os serviços do Mineirão é quem paga possíveis prejuízos ocasionados durante os jogos. O diretor do Gigante da Pampulha elogiou a postura do Atlético nesse sentido e disse não saber se os argentinos quitaram a dívida com o Galo.




"Eu não sei (se o Boca pagou), porque o Boca teria que pagar para o Atlético. Quando um clube mandante contrata o Mineirão, ele se responsabiliza por todos os danos. O Atlético arcou com tudo. O Atlético é impecável em todos os pagamentos. Sempre honrou todos os seus compromissos com o Mineirão. Então, nesse ponto, a gente não tem absolutamente nada a dizer", garantiu.

"Se for o momento do Mineirão errar, o Mineirão vai pedir desculpas - como eu fiz agora no caso dos banheiros femininos, que é erro. Aquilo ali é erro. Agora, aquela questão da brincadeira no Twitter do Mineirão é uma brincadeira que os internautas estavam fazendo. A gente faz uma referência a um caso que eu acho deplorável da história do Mineirão, que é aquela confusão", encerrou ao Superesportes.

Se preferir, ouça o podcast com Samuel Lloyd


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Nota do Atlético de repúdio ao Mineirão


"O Galo demonstra sua indignação com a postagem do perfil do Mineirão nas suas redes sociais, logo após o anúncio do atacante Pavón, feito ontem pelo Atlético.




É inaceitável que o Mineirão se preste a papel como esse, diante de uma grande contratação para o futebol brasileiro, e que irá valorizar os espetáculos, inclusive no próprio Mineirão.

O perfil do estádio ultrapassou o limite do bom senso e faltou com o respeito ao jogador e à nossa instituição.

O Mineirão deveria focar suas energias em prestar melhor serviço para os torcedores, dentro e fora do estádio; cuidar do estado do gramado; trabalhar junto às autoridades no sentido de buscar soluções para o trânsito caótico; e preocupar-se em rever os altos custos que os clubes têm para lá atuar, ao invés de buscar engajamento a qualquer preço, com postagens ofensivas e desrespeitosas, que só fazem desvalorizar o futebol mineiro".