O jogador Robinho, de 38 anos, revelou que abandonou a carreira. Condenado pelo estupro coletivo de uma jovem albanesa dentro de um clube noturno de Milão, o atacante se afastou dos gramados e não encontrou mais interessados em seu futebol. Agora, ele quer distância da imprensa.
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"Não quero dar nenhuma entrevista. Se puder deixar eu e minha família em paz, fica agradecido", disse Robinho. "Não jogo mais! Não publico minha vida na internet e continuam falando de mim. Tem muitas pessoas querendo dar entrevista e eu só quero que vocês me deixem em paz", completou Robinho, em entrevista concedida ao UOL.
O caso de estupro
Segundo o depoimento da vítima e a reconstrução dos fatos, a jovem que tinha 22 anos na época estava na mesma boate que Robinho e um grupo de amigos, em janeiro de 2013, mas só se juntou a eles após a esposa do jogador voltar para casa. Eles então teriam oferecido bebida à vítima até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor".
De acordo com o Ministério Público de Milão, o grupo levou a jovem para um camarim e, se aproveitando de seu estado de embriaguez, mantiveram "múltiplas e consecutivas relações sexuais com elas". Outros quatro envolvidos no crime não foram rastreados pela Justiça da Itália e não puderam ser processados. Robinho foi condenado em janeiro de 2022, na última instância, a nove anos de prisão.
Mesmo sem a publicação das motivações, o Ministério Público de Milão encaminhou, no dia 15 de fevereiro, o pedido de prisão internacional dos dois condenados - Robinho e o amigo Falco - para o Ministério da Justiça da Itália que, por sua vez, já fez o pedido formal ao Brasil no dia seguinte.
No entanto, o Brasil não extradita seus cidadãos por crimes cometidos em outras nações. Com isso, a chance dos dois cumprirem a pena na Itália é mínima e só poderá ocorrer se ambos viajarem para países que tenham acordos de extradição com Roma - caso de cerca de 70 nações no mundo, incluindo os todos os 27 Estados-membros da União Europeia, Argentina, Austrália, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido.
Robinho no Atlético
Caso Robinho ganha repercussão mundial
No Atlético, Robinho teve uma temporada de estreia arrasadora. Foi artilheiro do Campeonato Mineiro e importante peça na campanha do vice-campeonato da Copa do Brasil (3 gols) e quarto lugar no Campeonato Brasileiro (12 gols e oito assistências).
O camisa 7 encerrou 2016 como artilheiro do país (25 gols) e líder de assistências do Galo (10). No ano, ele balançou as redes em momentos decisivos, como na semifinal da Copa do Brasil, contra o Internacional, e de vitórias cruciais no Brasileirão.
Em 2017, a magia de Robinho não se repetiu. No começo do ano, Robinho não se exibiu em bom nível, mas marcou gols importantes, como na final do Campeonato Mineiro, contra o Cruzeiro. Pouco depois, amargou o maior jejum de gols da carreira. Foram 23 partidas sem marcar e banco de reservas com o técnico Rogério Micale.
Na estreia de Oswaldo de Oliveira, contra o Atlético-PR, ele garantiu a vitória alvinegra ao balançar as redes duas vezes. Foram seis gols sob o comando do novo treinador (dois deles garantiram vitória em clássico contra o Cruzeiro, no Mineirão), confirmando o seu melhor momento na temporada.
Ele encerrou o ano com 13 gols e 10 assistências. Robinho finalizou sua passagem pelo Atlético com 109 jogos, 35 gols e 20 assistências.
Em 2017, torcedoras do Atlético se dividiram sobre a condenção de Robinho por Mariolina Panasiti, que presidia a 9ª vara do tribunal de Milão, na Itália. O julgamento ocorreu em novembro daquele ano. Posteriormente, Robinho foi condenado em todas as instâncias.
Em 2017, torcedoras do Atlético se dividiram sobre a condenção de Robinho por Mariolina Panasiti, que presidia a 9ª vara do tribunal de Milão, na Itália. O julgamento ocorreu em novembro daquele ano. Posteriormente, Robinho foi condenado em todas as instâncias.
Repercussão mundial do protesto contra Robinho
Carreira
Robinho surgiu como uma grande promessa no Santos campeão brasileiro de 2003. Ele era um dos protagonistas do time ao lado de Diego, Elano, Léo, Ricardo Oliveira, Fábio Costa e Renato, entre outros. O atacante foi vendido ao Real Madrid em 2005. Com a bola nos pés, não conseguiu ser o craque que todos esperavam. Passou também pelo Manchester City, Milan, Guangzhou FC-CHI e Sivasspor-TUR.
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