Na mira da SAF do Vasco, a ser comandada pelo grupo 777 Partners, o diretor de futebol Rodrigo Caetano abriu o jogo sobre uma possível renovação com o Atlético. Ele tem contrato com o clube mineiro até o fim de 2022.
Na imprensa carioca, crescem os rumores de que o nome de Rodrigo Caetano é o favorito dos futuros investidores do clube cruzmaltino. Ele esteve sob o comando do futebol do Vasco em duas oportunidades: entre 2009 e 2011 e em 2014. Na primeira passagem, conquistou uma Série B do Campeonato Brasileiro e uma Copa do Brasil.
Em entrevista exclusiva ao Superesportes nesta quinta-feira (26), no entanto, Rodrigo Caetano garantiu que não houve convite por parte do clube carioca. Ele também falou sobre uma possível renovação com o Atlético – que é o desejo da alta cúpula alvinegra.
"Neste sentido, não (nenhuma conversa para renovação). Eu penso que irá acontecer. É o que eu preciso conversar com eles. Mas tudo tem o seu tempo. Temos coisas mais importantes. O número de jogos que tínhamos neste primeiro semestre, viagem, fase de grupos da Libertadores...", afirmou.
"Mas as coisas são estabelecidas pelos gestores do clube. Eu, como executivo, procuro me utilizar das melhores ferramentas, para poder aplicar esse planejamento. Vai ter a hora disso acontecer", completou.
Histórico que preza por continuidade
Para além do currículo de títulos, Rodrigo Caetano também é conhecido no mundo do futebol por não quebrar seus contratos com os clubes em que trabalha. Ainda em entrevista ao Superesportes, o dirigente reafirmou o interesse em uma continuidade do projeto no Atlético.
O executivo destacou a necessidade de que os membros da diretoria e comissão técnica conheçam profundamente a história do clube em que trabalham, além dos processos do dia a dia e das necessidades. Ele acredita em trabalhos a longo prazo.
"Quando você vai para um clube, o maior desafio do profissional é conhecer a história do clube, a essência, os princípios e valores. Não é apenas chegar ali e não entender que o clube é feito por paixão, feito para o torcedor. Você ali é um instrumento para atender os anseios do torcedor. Quando você faz esse diagnóstico, isso facilita bastante. Por isso o tempo é importante", argumentou.
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De toda forma, Caetano não garantiu permanência no Atlético após o fim do contrato. "Quando você está em um clube, há um ano e meio no meu caso, conheço todas as pessoas, as virtudes e o que precisamos melhorar, facilita bastante. Eu sou sempre pela continuidade. Porém, é difícil cravar", disse.
"Posso afirmar que, independentemente do que venha acontecer em 2023, como gestor, eu tenho um princípio: todas as decisões que participo e tudo aquilo que me envolvo no clube, é como se eu ficasse aqui dez anos. Não pode ser diferente. Mesmo que depois venha um sucessor, espero que ele dê continuidade e faça um aperfeiçoamento, e não volte à estaca zero. Essa é, na minha visão, um dos grandes equívocos da grande maioria dos clubes", encerrou.
Diretor de futebol do Atlético desde janeiro de 2021, Caetano conquistou cinco dos seis títulos disputados neste período. Ele venceu dois Campeonatos Mineiros, um Campeonato Brasileiro, uma Copa do Brasil e uma Supercopa do Brasil.
O Superesportes já apurou que o interesse dos 4R's, grupo de investidores do Atlético, e do presidente Sérgio Coelho é a renovação com Rodrigo Caetano. A cúpula alvinegra vê o profissional como o melhor executivo de futebol do país e o enxerga como um pilar do projeto atleticano.
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