Rodrigo Caetano valorizou trabalho da diretoria do Atlético para manter elenco multicampeão (Foto: Pedro Souza/Atlético)


O diretor de futebol Rodrigo Caetano valorizou a manutenção da maior parte do elenco do Atlético, multicampeão em 2021. Na avaliação do dirigente, o Galo não se enfraqueceu com a diminuição do número de atletas.



 
 

Do time que conquistou os títulos do Campeonato Mineiro, do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, o Atlético perdeu Diego Costa (rescisão), Hyoran (empréstimo), Nathan (empréstimo), Dylan Borrero (venda) e Savarino (venda). O zagueiro Junior Alonso chegou a ser vendido, mas retornou por empréstimo.

Em compensação, foram contratados: Ademir (em definitivo), Otávio (por empréstimo e, posteriormente, de forma definitiva), Fábio Gomes (em definitivo) e Diego Godín (em definitivo).

"A gente diminuiu o número de atletas, mas não posso achar que enfraquecemos. Tenho que deixar claro aos torcedores que tudo que a gente faz, de chegada e saída, é feito em conjunto, seguindo um planejamento. Vocês acompanharam no Galo Business Day, que deixou muito claro as dificuldades que enfrentamos. Nós tínhamos que fazer, era questão de necessidade. Tudo que a gente fez foi preservar ao máximo aqueles que mais jogaram. Muitas vezes o jogador tem que ter o desejo de ficar também", avaliou Rodrigo Caetano.




O diretor de futebol também destacou a necessidade de oportunizar os jovens das categorias de base do Atlético. Ele pediu compreensão por parte dos torcedores para compreender o planejamento do clube.

"Nosso papel é manter o elenco altamente competitivo. Feito um levantamento, mudou um pouco. Penso que a gente tinha mais quantidade, opções. Mas, com isso, não atingiríamos aquele outro objetivo que temos, que é dar um pouco mais de espaço para os jovens. Ontem tínhamos cinco atletas da base relacionados. Se você tem 34 jogadores de fora, em que momento vai oportunizar isso? Também faz parte do planejamento do clube. Isso o torcedor tem que entender", disse. 

"As equipes consideradas com os melhores elenco são aquelas que otimizam os elencos. Ou seja, reduzem, assim como é feito na Europa. Tem um grupo mais reduzido, com garotos que podem ingressar na primeira equipe. Nosso trabalho é manter a competitividade entre eles, ter um elenco que a gente entende que seja equilibrado, tentar fazer uma prevenção sempre melhor, tanto é que somos a equipe entre os postulantes ao título com menor número de lesões no ano. É porque a gente trabalha bem a prevenção, a logística", completou.




Reformulação do elenco campeão?


Questionado sobre um possível processo de reformulação do elenco por conta da média de idade, Rodrigo Caetano foi enfático: este não é um pensamento da diretoria. "Não tem sentido nenhum", opinou. O dirigente enfatizou que a cúpula prioriza uma mescla de jogadores experientes com jogadores jovens.

"Não dá para, no ano seguinte a títulos, fazer uma reformulação. Não tem sentido nenhum. Discordo quando fala-se sobre idade. Acima dos 30 anos, temos o Mariano, Nacho, Hulk, Vargas, Godín, Réver, que é uma bandeira nossa, acima de tudo. Se pegar os citados, perto dos 32 jogadores, é um percentual baixíssimo. Temos muitos jogadores de meia-idade. Nessa mescla, não podemos ter só jogadores jovens ou experientes. Essa mescla é o que a gente busca", enfatizou.

"Para encerrar essa questão de elenco. É muito difícil uma equipe campeã, como a nossa, manter o número de atletas que a gente manteve. Foram os atletas que mais jogaram ano passado. Não dá para a gente ter tudo. Tentamos fazer o máximo. É natural que aqueles que saíram sejam lembrados, porque participaram de um ano histórico. Os que chegaram, alguns já confirmaram, outros terão tempo suficiente para demonstrar sua qualidade", completou.